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DESIGUALDADE SALARIAL
Mães recebem 40% a menos que mulheres sem filhos
Redação

No Brasil, uma mulher negra ganhar 60% a menos do que um homem branco é a ilustração perfeita de um sistema que se alimenta da opressão machista e racista para aumentar seus lucros. E para escancarar ainda mais esse pilar do capitalismo, a Pnad Contínua mostra que uma brasileira com três ou mais filhos recebe até 40% a menos do que mulheres que não são mães.

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Em matéria do Estadão, se vê que a vinda do primeiro filho já reduz 24% da remuneração, sendo que o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua considerou trabalhadoras de 25 a 35 anos que estão casadas. Dentre elas, as que têm filho somavam 2,92 milhões, enquanto as trabalhadoras que não têm filhos somavam 1,36 milhão.

Enquanto se escuta frases em entrevistas de emprego do tipo: “é casada?” ou “tem filhos?”, mulheres são testadas porque julga-se que a dedicação ao emprego diminui e a dupla jornada de trabalho (dentro e fora de casa) juntamente com a falta de creches, aumentam a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Em fevereiro de 2017, uma pesquisa da Pnad divulgada pelo IBGE aponta que a diferença salarial média entre uma mulher negra e um homem branco é de 60% podendo chegar a 80% em alguns cargos. Entre homens e mulheres em geral, a diferença é de 30%, mesmo com o mesmo nível de escolaridade ou superior.

Quanto à dupla jornada, também segundo dados da Pnad de 2011, mulheres trabalhadoras, além da jornada de trabalho, cumprem cerca de 21,8 horas a mais com o trabalho doméstico. Esse trabalho não remunerado é creditado às mulheres desde muito cedo e não cessa com a aposentadoria. Ou seja, as mulheres que já recebem salários menores que os homens, ainda realizam por toda a vida o trabalho doméstico não remunerado. Trabalham muito mais e ganham muito menos.

De fato, o sistema capitalista se apropriou do machismo criando uma relação de retroalimentação entre opressão e exploração. Assim, os baixos salários pago às mulheres ajudam os patrões a pagar menos aos seus trabalhadores e aumentarem seus lucros, porque não pagam parte do trabalho (doméstico) exercido pelas mulheres e ainda reduzem seus salários no trabalho fora de casa, principalmente se têm filhos, nos dividindo por gênero e raça. A luta contra a desigualdade salarial, o machismo e o racismo deve ser parte crucial na luta contra o capitalismo.

Se o trabalho é igual, o salário deve ser igual entre homens e mulheres, negros e brancos. Governos e patrões atacam nossos direitos e querem nos fazer trabalhar até morrer nos postos de trabalhos mais precários, sendo que Bolsonaro pretende aprovar a Reforma da Previdência já no primeiro semestre de 2019. Temos que nos organizar com força para enfrentar todos os ataques desse governo que é continuidade violenta do golpe que representa os capitalistas capitalistas.

 
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