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PRIVILÉGIOS
Clã Bolsonaro acumulou na política privilégios no valor de R$ 6 milhões
Redação

O clã Bolsonaro, que hoje se complica para explicar o depósito de dezenas de milhares de um motorista para a futura primeira dama, também nunca explicou como enriqueceu tanto com a política nos últimos anos.

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Em meio às eleições de outubro, as informações dos então candidatos da família Bolsonaro à justiça eleitoral, referente a sua renda e patrimônio, renderam algumas manchetes sobre o aumento exponencial da fortuna em período tão curto de tempo. Mas foram apenas algumas manchetes, já que naquele momento a grande mídia estava mais interessada em vender um candidato que prometia “mudar tudo que está aí” do que fazer denúncias e combater de fato qualquer tipo de corrupção.

Mas como relembrar é viver, o Esquerda Diário retoma os números da época, assim, ligando as coisas, as denúncias recentes podem ajudar a explicar como uma família de políticos, com quase nenhuma outra renda além de seus altos salários (porém não tão altos para justificar tamanha fortuna) se tornou multimilionária.

Segundo números declarados pelos próprios candidatos, são R$6,1 milhões entre Bolsonaro e os três filhos, mas neste montante ainda não se encaixam os imóveis em Copacabana, Barra da Tijuca e Urca com preços de mercado em nada menos que R$15 milhões.

Jair Bolsonaro declarou ao TSE R$2,3 milhões. Eduardo Bolsonaro, que é senador eleito por São Paulo, declarou R$1,4 milhões, 432% a mais do que havia declarado quatro anos antes, nas eleições de 2014. Flávio Bolsonaro, eleito pelo Rio de Janeiro declarou R$1,7 milhões e Carlos Bolsonaro, que em 2016 dizia guardar R$20 mil em casa, passou a R$700 mil.

Que exemplos de poupadores, diriam seus seguidores. Pena que as contas não fecham e mesmo que tivessem poupado todo seu salário desde o primeiro mês como políticos, não seria possível chegar ao montante atual.

Nada de novo sob o sol, família poderosa, décadas de política, milhões acumulados sem explicação e uma retórica reacionária nefasta que enganou milhões de brasileiros. Bolsonaro é um espécime exemplar dos anos da ditadura onde se roubou muito e calou com tortura. Agora pretendem acabar com nossa aposentadoria, entregar nossas riquezas ao imperialismo e calar qualquer oposição com repressão e censura, mas não será tão simples assim.

Esta é a primeira crise de proporções de um governo que ainda nem assumiu, e já demonstra importante tendência a instabilidade. Para aproveitar essa debilidade em favor dos trabalhadores e da população é preciso exigir que as direções das centrais sindicais (em primeiro lugar da CUT e da CTB) saiam da oposição passiva e “institucional” - defendendo de maneira vergonhosa uma "reforma da previdência alternativa" à do governo - e organizem um plano de luta real para derrotarmos a reforma da previdência, o Escola sem Partido e todas as ameaças de privatizações.

A corrupção é inerente ao capitalismo e é mantida pelo Judiciário em estreita aliança com o Legislativo e o Executivo. Frente a isso somente uma política anticapitalista e revolucionária pode responder de fundo ao problema da impunidade dos capitalistas.

É necessário impor que os capitalistas paguem pela crise, e que a reforma da previdência seja derrotada na luta de classes.

Os franceses estão mostrando como é com luta que se impõem derrotas ao governo e suas políticas ultraneoliberais, tão semelhantes entre Macron e as vontades de Bolsonaro. Façamos como eles na radicalidade e determinação, e impondo as direções sindicais é possível parar o país por nossos direitos e riquezas.

 
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