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Mais um ministro réu, Ricardo Salles para o Meio Ambiente
Redação

Bolsonaro anunciou através de seu twitter a nomeação de seu 22º ministro, Ricardo de Aquino Salles como futuro ministro do Meio Ambiente.

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Após ter almejado unir o ministério da agricultura e do meio ambiente, Bolsonaro manteve as duas pastas, para o mistério da agricultura a escolhida foi a deputada federal Tereza Cristina do DEM-MS, indicada pela bancada ruralista ao congresso. Para a pasta do meio Ambiente Ricardo de Aquino Salles, advogado, ligado ao movimento Endireita Brasil e ex secretário de meio ambiente do governo de Geraldo Alckmin.

Seguindo a regra de ministros réus, Salles é réu numa ação de improbidade administrativa movida por quatro promotores do MP de São Paulo. A ação da qual Salles é réu diz respeito a elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tiete, em 2016. Segundo o MP foram cometidas diversas irregularidades pelos réus da ação, que inclui Salles, com a clara intenção de privilegiar setores econômicos ligados a mineração e algumas empresas ligadas a FIESP.

Salles afirma que defende o meio ambiente sem ceder a pressões ideológicas de grupos de esquerda e que o foco é defender o meio ambiente, respeitando todos os setores produtivos, fazendo coro ao discurso de Bolsonaro que diz que o ministério precisa se aproximar dos ruralistas. O futuro presidente já defende acabar com o que ele mesmo chama de “indústria de multas” no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e no ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). “Defender o Meio Ambiente e ao mesmo tempo respeitar todos os setores produtivos do Brasil é o que sintetiza muito nosso sentimento”, disse Ricardo Salles, após ser confirmado para o cargo.

É um absurdo atrás do outro, Bolsonaro que durante a campanha dizia que teria no máximo 15 ministérios acaba de indicar o 22º ministro, que durante a campanha enxia a boca com o discurso anticorrupção, indica mais um réu pra assumir um ministério. Mas o discurso de ambos deixa muito claro as intenções do próximo governo: governar para os empresários, custe o que custar. No ministério do Meio Ambiente fica claro que apesar de não ter unificado com o da agricultura, agirá na logica mercadológica, pois para poder respeitar os setores produtivos, como disse Salles, desrespeitar o Meio Ambiente um pouquinho está mais que permitido. Acabar com as multas dadas pelo Ibama e pelo ICMbio é forma de legitimar esse “desrespeito” em prol da produção, e do lucro dos empresários.

 
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