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CAMPINAS
Vereadores votam contra investigação de Jonas na máfia da merenda
Redação

A Câmara Municipal de Campinas negou ontem o pedido de abertura de uma nova Comissão Processante para investigar a participação do prefeito Jonas Donizette (PSB) na máfia da merenda paulista.

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Foto: Divulgação/Câmara

Na semana passada já havia sido aberta uma Comissão Processante (CP) para investigar o envolvimento de Jonas no escândalo de corrupção envolvendo um dos maiores hospitais municipais da cidade.

Nesta segunda, 3, a maioria dos vereadores de Campinas votou contra a abertura de uma nova (CP) contra o prefeito Jonas Donizette (PSB). A CP deveria investigar o envolvimento de Jonas na máfia da merenda paulista, sendo que o prefeito é denunciado na Operação Alba Branca do Ministério Público Federal (MPF), que alcançou nomes importantes da política do Estado e conta com denúncias e condenações em especial de tucanos e seus aliados no governo de São Paulo.

No dia 26 de novembro é que o prefeito de Campinas foi denunciado pelo MPF por envolvimento no esquema de corrupção responsável pelo desvio de ao menos 2,8 milhões de reais da merenda paulista, envolvendo prefeitos e deputados estaduais de 22 municípios do estado, além de gerentes do Banco Bradesco, lobistas e donos de falsas cooperativas de agricultura familiar.

Em fase anterior a Operação atingiu o núcleo tucano que está no governo do estado, como a prisão do até então braço direito e ex-secretário de Geraldo Alckmin, Fernando Capez, também ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

O prefeito de Campinas também é investigado em escândalo de corrupção milionário no Hospital Ouro Verde, um dos mais importantes do município. Na última semana uma CP foi aberta pela Câmara para investigar Jonas quanto a essa acusação e averiguar uma eventual cassação de seu mandato.

Neste mesmo esquema estão envolvidos o dono do monopólio de comunicação da cidade e região, a Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), Sylvino de Godoy, que interveio com chantagens de publicidade para que a clínica de radiologia de seu filho fosse privilegiada em licitações do Hospital. Pai e filho receberam mandado de prisão, mas Sylvino conseguiu um habeas corpus após ter tido um debilitamento de saúde.

Não é de estranhar que os mesmos vereadores que aprovaram uma CP tenham recusado a outra. Além da explosão das denúncias numa mesma semana e a prisão do dono da RAC ter lançado holofotes para a postura dos vereadores e dificultado sua negação da CP sobre o Hospital, agrega-se o fato de que o escândalo da máfia da merenda envolve os “peixes grandes” da política tucana e seus aliados no estado.

A recusa, feita pela maioria dos vereadores, que também são da base aliada de Jonas, é uma tentativa de não aumentar o problema que o prefeito já enfrenta em meio a três denúncias, sendo a terceira a feita pela Operação Lava Jato e envolvendo caixa dois de campanha pago pela CCR.

Em meio a chuva de denúncias de desvios de milhões dos recursos públicos, o prefeito anunciou o atraso no pagamento do 13º salário dos servidores do município, um verdadeiro desaforo.

Não podemos depositar qualquer confiança nas demagogias de Jonas, nas manobras dos vereadores que são seus aliados ou do Judiciário que veio aprofundando o autoritarismo em nosso país através de sua ação interessada e, junto a Bolsonaro, quer fazer com que sejamos nós trabalhadores a pagar pela crise através das reformas e ataques contra direitos elementares.

Em resposta a esses absurdos devemos nos organizar de maneira independente para defender nossos direitos e dar uma resposta à crise política instalada na cidade.

 
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