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EDITORA ABRIL
Nova decisão da Justiça confirma reintegração dos trabalhadores demitidos pela Abril
Redação

Nova decisão da 61 Vara do Trabalho de São Paulo confirma a reintegração das trabalhadoras e dos trabalhadores demitidos em massa pela Abril no ano passado. A decisão serve não só para as pessoas demitidas em dezembro, mas também as 800 demitidas em agosto (no ano de 2017). Ao todo são cerca de 1500 mães e pais de família demitidos. A Abril ainda tem direito a recorrer e a reintegração aos postos de trabalho deve se dar em até 30 dias, segundo Sindicato de Jornalistas.

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A demissão em massa teve como alvo mães e pais de família que trabalhavam há anos na empresa - média de idade de 40 anos, 10 meses e 9 dias; e com tempo de trabalho na Abril em média de 11 anos, 6 meses e 14 dias.

A última decisão, realizada em 25 de setembro de 2018 já incluiu as pessoas demitidas em dezembro e agosto, e nesta nova decisão a data que ficou determinada como marco para a onda de demissões em massa realizadas pela Abril foi o mês de julho de 2017, reafirmando a abrangência da decisão.

Veja a campanha de solidariedade às trabalhadoras e aos trabalhadores da Abril impulsionada pelo Esquerda Diário e pelo MRT

As trabalhadoras e os trabalhadores que não quiserem ser reintegrados ao trabalho podem também optar por serem indenizados pela Abril. Além disso, a empresa não pode realizar novas demissões em massa sem antes contatar os sindicatos representantes da categoria.

A Abril pediu recuperação judicial como um mecanismo para que não pagasse nem os direitos trabalhistas mínimos, alegando que não teria condições de pagar seus “credores”.

Alegam isso mesmo com a família Civita, que dirigiu a editora por décadas, sendo a décima primeira mais rica do Brasil, segundo a Forbes. Com isso, jogam o peso das suas dívidas para a classe trabalhadora, que nada têm a ver com essa crise criada pela sede de lucro dos empresários.

A luta pelo direito ao emprego e por condições dignas de vida, travada pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores da Abril é um exemplo do que ocorre atualmente em nosso país. Capitalistas que lucraram e se tornaram as pessoas mais ricas do país querem fazer famílias trabalhadoras pagarem a conta da crise que os próprios ricos criaram.

Para isso aprovaram a reforma trabalhista, com a terceirização irrestrita e dificultação para que trabalhadores tenham acesso à justiça do trabalho, que é o que justamente favorece para que empresas como a Abril demita e precarize postos de trabalho. Além da reforma da previdência, que querem aprovar para diminuir ainda mais nossas garantias a uma vida digna.

E para isso contam com os autoritários poderes do judiciário e seus juizes privilegiados e do governo Bolsonaro – e seus militares -, que têm nestas reformas prioridade máxima.

Pela imediata reintegração com todos os direitos dos trabalhadores da Abril! Sabemos que não podemos confiar em medidas de conciliação com capitalistas. Os franceses mostram o caminho. Façamos como os franceses, contra os ajustes de Bolsonaro, os golpistas e o autoritarismo judiciário.

Os sindicatos dirigidos pela CUT e pela CTB, ao invés de colocarem na frente os interesses de conciliação com os empresários, como sempre fez o PT, enquanto dividem os trabalhadores, deve realmente construir uma luta a partir das bases, para mobilizar todos trabalhadores contra Bolsonaro e as reformas trabalhistas e da previdência. Os rumos dessa luta precisam ser tomados em nossas mãos .

 
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