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FRANÇA: "COLETES AMARELOS"
A rebelião dos "coletes amarelos" humilha Macron e faz governo retroceder
Redação

Como resultado da intensa mobilização dos "coletes amarelos", o primeiro-ministro francês anunciou no dia de hoje (04) a suspensão do reajuste do imposto sobre combustíveis que estava previsto para 1º de janeiro.

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Contrariando as declarações do presidente francês, de que não revogaria o aumento do imposto sobre os combustíveis mesmo diante da mobilização dos "coletes amarelos", o primeiro-ministro foi forçado a anunciar no dia de hoje que o governo francês recuará no aumento.

O recuo do governo francês é fruto da persistência do movimento dos "coletes amarelos" e da radicalidade demonstrada por eles. Desde o dia 17 de novembro, a irrupção espontânea das massas, como raramente visto antes, lançou o governo frente sua maior crise, alterando a situação da França.

França: Coletes Amarelos e os elementos pré-revolucionários da situação

A pauta do movimento não se restringia apenas a revogação do aumento, o lema dos manifestantes era a "renúncia de Macron", e a denúncia da queda do padrão de vida dos franceses sob a gestão neoliberal atual. Para evitar um desgaste ainda maior de seu governo, Macron foi obrigado a aceitar a derrota, diante de um movimento que contava com a aprovação de 70% da população francesa e não dava mostra de diminuir sua radicalidade.

Isso não significa que "o jogo está ganho" na arena francesa. O governo recuou parcialmente, prorrogou a aplicação dos ajustes para ganhar tempo e tratar de manobrar as massas para fora das ruas, retomando assim a iniciativa para voltar a atacar. É preciso aprofundar a organização e coordenação do movimento, superando a trava das burocracias sindicais e unificando verdadeiramente a poderosa classe trabalhadora francesa com a população pobre rumo a uma greve geral que paralise definitivamente o governo, e obrigue os capitalistas a pagar pela crise. É possível questionar todo o regime político da V República francesa, e abrir caminho a uma democracia dos trabalhadores, de ruptura com o capitalismo, no coração do imperialismo europeu.

 
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