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Centro Acadêmico de Serviço Social da UERJ organiza atividade em homenagem ao Mestre Moa e Marielle Franco
Redação

O CASS, Centro Acadêmico de Serviço Social - Gestão Por Isso Me Grito, organizou no dia 27/11/2018 uma atividade do mês da consciência Negra.

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A atividade teve como escolha de tema uma homenagem a Marielle Franco, mulher, negra, vereadora de esquerda, uma voz contra a violência policial, a intervenção federal, os golpistas e seus ataques. Também a Mestre Moa símbolo da resistência e da cultura negra, morto durante o período eleitoral por um apoiador de Jair Bolsonaro, candidato que venceu as eleições com um discurso cheio de racismo e um programa de governo baseado em profundos ataques aos trabalhadores.

Estiveram presentes na mesa foram Anielle Franco, que é Mestra em Letras e Jornalismo, mãe, Negra, defensora do direito das mulheres, feminista e irmã de Marielle Franco. Marcelo Pablito, trabalhador do bandejão da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp e do Quilombo Vermelho. E por também Joílson Santana Marques Junior que é Assistente Social, Mestre em Saúde Coletiva IFF-FIOCRUZ, Doutorando em Serviço Social e pesquisador associado ao Proafro/UERJ.

Joilson Santana deu início as falas colocando elementos sobre a formação da classe trabalhadora no Brasil ressaltando que esta é em suma é negra, advinda do trabalho forçado dos negros e negras africanos escravizados. Pontuou elementos ligados a profissão de assistente social e suas formas de enfrentar o racismo e a homofobia sendo um homem negro gay e periférico.

Marcelo Pablito colocou na sequência uma fala com elementos da conjuntura política nacional atual e de como o enfrentamento a burguesia e seu projeto político desencadeado a partir do Golpe Institucional de 2016, se dará pela classe trabalhadora que em sua grande maioria é negra. Mostrou-nos também a necessidade dos negros e da classe trabalhadora se prepararem desde já para as batalha e que virão diante do governo de Jair Bolsonaro e que já são anunciadas e esperadas pelos políticos e empresários.

Anielle fez uma fala bem emocionante em memória a sua irmã Marielle. Dentre as diversas coisas ditas, principalmente sobre a força e o que representava Marielle, destacamos o absurdo que foi relatado por Anielle de que a própria família não tem acesso nenhum a investigação sobre o caso, que segue sem justiça, sendo a mídia sua única fonte de informação.

É de extrema importância atividades como essa do Novembro Negro em especial por lembrar desses dois símbolos que representam a coragem do povo negro, no contexto políticos em que vivemos e com as perspectivas pro futuro pros negros e negras com a eleição do ultra neoliberal Jair Bolsonaro. Novembro esse, no ano em que Marielle e Mestre Moa foram mortos, ambos por motivações políticas. É importantíssimo lutarmos por justiça para termos a solução dos casos e que as entidades políticas, partidos políticos e Centrais Sindicais saiam de sua letargia e paralisia e movimentem-se organizando desde cada local de estudo e trabalho os negros, a classe trabalhadora e a juventude para resitir a cada ataque e avançar no sentido de sacudir as bases dessa sociedade para que casos como esses não ocorram nunca mais.

A atividade contou com cerca de 100 estudantes e é parte de um calendário de atividade do CASS para o Novembro Negro.

 
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