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MOBILIZAÇÃO NO HAITI
Haitianos seguem 8 dias de mobilização e barricadas contra a corrupção do governo
Redação

Hoje (26) completam 8 dias de mobilizações no Haiti, o atual presidente Jovenel Moise está questionado pela população e pela oposição por se recusar a investigar um escândalo de corrupção.

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Hoje (26) completam 8 dias de mobilizações no Haiti, o atual presidente Jovenel Moise está questionado pela população e pela oposição por se recusar a investigar um escândalo de corrupção.

Os manifestantes exigem que o presidente renuncie, pois ele se recusa a investigar, alegações de corrupção no governo anterior sobre a PetroCaribe, uma aliança petrolífera de muitos estados caribenhos com a Venezuela para comprar petróleo em condições de pagamento preferencial.

Haitianos denunciam, pois sabem que algo está por trás da alegação de corrupção e o governo se recusar a investigar só alimenta a desconfiança.

8 dias de mobilização onde as barricadas vão impondo a vontade popular

A mídia se mantém calada frente ao processo de mobilização no Haiti que passou por 3 dias de greve geral, e agora completam 8 dias onde grande parte da capital Porto Príncipe e pequenas outras cidades estão paralisadas. Muitas lojas fechadas, os ônibus não estão circulando direito, mas a população não sai da rua e exige investigação e renúncia.

Nos primeiros dias o governo mandou os carros da polícia passarem por cima dos manifestantes, as informações dos mortos são contraditórias, mas estimasse a morte de 11 pessoas, mais algumas dezenas de feridos.

Como se não bastasse o governo de maneira autoritária no dia 24, último sábado, mandou funcionários da alfândega atearem fogo contra manifestantes e um motorista morreu com 3 tiros. O assassinato só alimentou o sentimento de revolta da população e um gigante protesto em frente à instalação e centenas de manifestantes foram até o local repudiar ação.

Nesse cenário os funcionários começaram a atiraram a queima roupa nos manifestantes, reprimindo os que ali estavam. Com medo do revide os seguranças foram se refugiar na delegacia onde os manifestantes atearam fogo.

A polícia foi acionada para conter o fogo, mas as barricadas impediram os carros de chegar e a proposta dos manifestantes é que o governo abra diálogo e investigue a corrupção com a PetroCaribe.

Já ocorreram muitas mortes, o que preocupa a comunidade internacional e o grupo Grupo Central, composto por Brasil, Canadá, França, Espanha, Estados Unidos, União Europeia, Organização dos Estados Americanos (OEA) e Nações Unidas, emitiu uma declaração na qual “rejeita veementemente os atos de violência perpetrados contra as de manifestações nos últimos dias”.

Os EUA deu uma declaração dizendo que: “Os Estados Unidos apóia os direitos humanos das pessoas em todos os lugares para se expressarem livremente e protestarem pacificamente, e apóia o governo haitiano, uma vez que salvaguarda esses dois direitos e a segurança da propriedade pública e privada”, deixando claro que apóiam as medidas repressivas do governo que quer fazer a população esquecer a acusação de corrupção na base da bala.

Haitianos adiante

O Haiti é o único país onde os negros fizeram revolução, isso deixa em sua história um legado de luta e a certeza de que as transformações só podem vir de suas próprias mãos.

Nem mesmo e legado de 13 anos de opressão e brutalidade das tropas da ONU, foram capazes de frear a força acumulada no Haiti, em 2016 a população já havia feito o ex-presidente Michel Martelly renunciar por envolvimento em corrupção no país.

Os haitianos são um exemplo de luta pois os manifestantes dizem que não vão deixar tudo nas mãos do governo, pois é o povo e a classe trabalhadora que constrói a nação, por isso vão às ruas para exigir que o governo atenda as reivindicações populares.

Precisamos aprender com eles que a nossa luta contra a corrupção, os ataques do governo não podem se dar somente nas eleições e sim com organização e mobilização dos trabalhadores junto a juventude.

vejam vídeos das mobilizações no Haiti logo abaixo:

 
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