Com apenas nove deputados o PCdoB aliado de primeira hora dos governos petistas sofreu um forte revés nas últimas eleições e não passou pela cláusula de barreira. Apesar de ter ocupado a vaga de vice de Fernando Haddad e apesar de todas as alianças oportunistas que esse partido faz nos estados.
O PPL, antigo MR-8, passou três décadas dentro do MDB antes de se constituir como partido independente. Apesar do seu discurso nacionalista - que o fez criticar as medidas de privatização dos governos petistas - o partido apoiou o impeachment de Dilma e o golpe institucional.
Mais ainda que o PCdoB, o PPL tem como marca as alianças multifacetadas de acordo com os interesses locais da burocracia partidária. Suas alianças podem ir do PSOL ao DEM a depender desses interesses.
Ainda que queiram apresentar a fusão como parte de uma convergência ideológica, a maior convergência entre os dois partidos é a prática de alianças oportunistas e fisiológicas.
Assim, não é estranho que a imposição da cláusula de barreira tenha levado a uma fusão pragmática para garantir as verbas do fundo partidário e as prerrogativas de bancada da câmara. É o início de um processo de reorganização partidária imposto pela antidemocrática cláusula de barreira.
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