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BANCADA RURALISTA NO PODER
Ministra da Agricultura do governo Bolsonaro foi financiada por fazendeiro assassino de indígenas
Redação

Fazendeiro tido como mentor do crime do crime de sequestro, tortura e assassinato foi um dos doadores da futura ministra, Tereza Cristina. Em resposta por escrito, ela rebateu dizendo que "a família é amiga de longa data" e "O fato de ser réu não quer dizer que tenha cometido qualquer crime".

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Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Em 2003 o líder indígena Marcos Veron, da etnia guarani-caiová, foi assassinado após ter sido sequestrado e torturado junto a outros 6 índios também raptados. Para o MPF o mentor intelectual e financeiro dos crimes foi o fazendeiro Jacinto Honório da Silva Filho.

O nome do fazendeiro consta na lista dos doadores da campanha de Tereza Cristina, indicada por Bolsonaro para assumir o Ministério da Agricultura em seu governo, quando ela concorria para o cargo de deputada em 2014. Jacinto Honório assinou um cheque no valor de R$ 30 mil, conforme registrado no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Ministra da Agricultura de Bolsonaro: milionária amiga da JBS

O fazendeiro tido como mentor do crime, pelo próprio MPF, ocorrido há mais de 15 anos, ainda não foi a julgamento. Em 2010 três homens identificados como contratados pelo fazendeiro foram condenados a 12 anos e 3 meses de prisão pelo crime de sequestro, tortura e formação de quadrilha, mas inocentados do crime de homicídio.

Histórico contra indígenas

Não é de se surpreender a ligação da futura ministra com os crimes em torno da disputa por terras, que resultam no assassinato de indígenas, sendo ela líder da Frente Parlamentar Agropecuária, a bancada ruralista. Mas também porque ela própria possuI um histórico de envolvimento em ataques organizados por fazendeiros contra indígenas.

Em 2015 ela participava de um encontro, junto a outros dois parlamentares, no Sindicato Rural de Antônio João. Do encontro saiu um comboio de camionetes em direção a um assentamento indígena, também no sul do Mato Grosso. O ataque ao assentamento resultou na morte do cacique Simão Vilhalva, morto com um tiro na cabeça.

Uma das bases de sustentação de Bolsonaro, os ruralistas em seu governo, já alçados ao ministério da agricultura, terão ainda mais carta branca para arremeter contra as populações indígenas e quilombolas, legitimados pelo discurso do próprio presidente que é contra a demarcação de terras para os setores oprimidos e totalmente favorável ao agronegócio.

 
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