Imagem: Pedro Ventura Agencia Brasília
No último dia 6 de novembro, a Petrobrás anunciou novo aumento de 8,5% no preço do gás de cozinha nas refinarias para as embalagens de até 13kg. No estado do Pará, por exemplo, o preço do botijão subiu de R$70 para R$75,00 para entregas. Segundo a ANP entre os dias 4 e 10 de novembro, o preço do botijão de gás passou para uma média nacional de R$ 69,75. Na cidade de São Paulo, conforme pesquisa realizada na última semana pelo jornal Agora o preço do botijão chegou a custar R$ 97.
Tal aumento no custo de vida das famílias dos trabalhadores tem afetado sobretudo as famílias com renda de 1 salário mínimo. Como já denunciamos no Esquerda Diário, a precarização da vida dos mais pobres tem se agravado e custado vidas, como em Pernambuco (o estado possui o botijão mais caro do país) onde a alta do gás levou a que famílias improvisassem soluções que provocaram o aumento do número de acidentes domésticos envolvendo álcool de cozinha.
Para os acionistas bilhões...enquanto para a população, o aumento no custo de vida
Os preços nas refinarias definidos pela Petrobrás correspondem a 36% do preço final do botijão, enquanto 45% provem da revenda e cerca de 16% de impostos como o ICMS (imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços), um imposto estadual. Como apontamos neste artigo, um dos principais fatores que estão levando ao aumento nos preços do botijão é a prática de uma política de preços pela Petrobrás e o governo golpista na qual o principal objetivo é o lucro e os ganhos dos bancos e acionistas internacionais. Nesse sentido, lembramos ainda que no mesmo dia 6 de novembro, a Petrobrás anunciou lucro de R$6,64 bilhões para o terceiro trimestre de 2018 e a distribuição de R$ 1,3 bilhão para os seus acionistas.
Veja mais: http://www.esquerdadiario.com.br/Entenda-a-politica-de-precos-na-Petrobrás-em-9-pontos
A privatização da Petrobrás não é a solução!
Esta política de preços da estatal que visa a preservar os ganhos dos bancos e acionistas internacionais, onera a população na medida em que reduz a produção interna de derivados de petróleo, dentre eles o gás de cozinha. Desse modo, cresce o consumo de derivados importados com custos em dólar, tal medida tem sido adotada para aumentar a rentabilidade, leia- se lucros, esta é uma consequência direta do processo em curso de desmonte e privatização do Sistema Petrobrás e da entrega dos recursos naturais do país nas mãos do imperialismo.
Como o Esquerda Diário denunciou aqui, desde seu programa de governo, Jair Bolsonaro já evidencia a maior subordinação a política externa brasileira aos interesses imperialistas. Em várias entrevistas deixou claro que seu governo está alinhado com os capitalistas, fazendo com que os trabalhadores que paguem a conta da crise, como mostrado aqui e reforçado quando diz que a reforma da Previdência será conversada e avançará passo a passo com os congressistas.
Por fim, é preciso destacarmos que a solução está na busca por uma “saída anti-imperialista, com um programa operário capaz de colocar nas mãos dos trabalhadores a gestão da Petrobrás, garantindo então que os recursos estejam à serviço de melhorar as condições de vida do conjunto da população”.
Pela Petrobrás 100% estatal sob gestão dos trabalhadores! Que a crise seja paga pelos capitalistas!
Não às privatizações: abaixo a entrega dos recursos naturais aos imperialistas!
|