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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Eunício dá aval no senado para Bolsonaro destruir nossas aposentadorias ainda nesse ano
Redação

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), após reunião com o futuro ministro da fazenda do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, disse que está disposto a ajudar o novo governo a implementar o principal ataque contra os direitos dos trabalhadores - a reforma da previdência - ainda em 2018.

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Foto: Aílton de Freitas / Agência O Globo

Como denunciamos aqui no Esquerda Diário diversas vezes, o governo Bolsonaro é uma espécie de governo Temer “blindado”, que pretende passar por cima dos trabalhadores com os ataques que Temer não pôde implementar, e na base de muita repressão, contando com uma legitimação nas urnas - mesmo que numa eleição absolutamente manipulada pelo judiciário - que o atual governo não têm.

Por isso, não foi nada estranho que, mal encerrada a apuração, Temer tenha oferecido a Bolsonaro votar a reforma da previdência ainda nesse ano. É o mais importante ataque que os capitalistas querem aprovar contra os direitos da classe trabalhadora, por isso é uma prioridade de Mourão, Bolsonaro e Guedes.

Veja também: Por que Bolsonaro precisa atacar os professores para impor seu projeto autoritário e ajustador?.

Bolsonaro procura se articular para poder colocar isso em prática, ao mesmo tempo em que tenta não se comprometer publicamente, e para isso chegou a dizer que deveria deixar a reforma para 2019. Obviamente, não podemos confiar em uma vírgula do que diz Bolsonaro. Enquanto dizia isso, o presidente do senado, Eunício Oliveira, se reunia com Paulo Guedes, futuro ministro da fazenda, para negociar a aprovação da reforma.

Após a reunião, ainda nessa terça (13), Eunício, que vinha esboçando alguma resistência quanto a votar o projeto enviado por Temer ao congresso ainda esse ano, mostrou uma mudança favorável a Bolsonaro. Ele disse, ao fim do encontro: "Da nossa parte, não há nenhuma indisposição, nenhum interesse de atrapalhar o governo. Pelo contrário, atrapalhar o governo é atrapalhar o Brasil e nós queremos que o Brasil avance".

Eunício afirmou que o presidente Michel Temer poderia suspender a intervenção federal no Rio de Janeiro, liberando o Congresso para analisar a reforma. Pelas regras atuais, uma proposta que altere a Constituição Federal não pode ser analisada pelos parlamentares enquanto uma intervenção estiver em vigor em algum estado do País.

Os atuais ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e do Planejamento, Esteves Colnago, também participaram do encontro. Segundo Eunício, eles informaram que Temer deverá editar duas medidas provisórias relacionadas à economia nos próximos dias. Os textos já atendem a interesses do futuro governo de Jair Bolsonaro, segundo Eunício. O senador não deu detalhes do conteúdo das medidas. O que podemos ter certeza, no entanto, é que serão mais ataques e ajustes contra os trabalhadores e o povo pobre, feitas sob medida para resguardar os lucros milionários dos capitalistas e os interesses do imperialismo estadounidense.

Enquanto do lado de lá os empresários e políticos se articulam cuidadosamente para nos atacar, do lado dos trabalhadores contamos com direções burocráticas e conciliadoras que vergonhosamente não estão debatendo nenhum plano de lutas contra as reformas de Bolsonaro. Por isso dizemos que é necessário a organização dos trabalhadores em cada local de trabalho, e dos estudantes nas universidades e escolas, para colocar de pé milhares de comitês de base que possam ser ferramentas para organizar essa guerra, e exigir das centrais sindicais - principalmente CUT e CTB - e também das entidades estudantis como UNE, que cessem com essa absurda trégua e sejam as ferramentas de luta que precisamos. Cada dia perdido é um passo a mais para destruirem nosso futuro, nossas aposentadorias.

 
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