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IMPERIALISMO
G20: Uruguai se converte em uma base de operações dos Estados Unidos
Redação

O presidente uruguaio Tabaré Vázquez liberou a implantação de tropas e aeronaves dos EUA e outros países imperialistas, com a justificativa de segurança para cúpula do G20.

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O projeto de lei enviado pelo governo de Távares Vázquez à Câmara dos Senadores uruguaios, e que foi elaborado frente a comissão de defesa, desenvolve em seus dois artigos o ingresso de aeronaves e de 400 militares e civis estadunidenses e deixa aberta a porta para o ingresso de tropas de outros países que participam da cúpula do G20 que irá ocorrer no final de novembro, em Buenos Aires.

A proposta de Tabaré Vázquez transforma o Uruguai em uma base de operações dos EUA e de outros países imperialistas. Por sua vez, a implantação de tropas e aeronaves no Uruguai tem como objetivo, ser um ponto de apoio para reprimir eventuais protestos e controlar a segurança de tal cúpula, ou seja, garantir o “êxito” de um encontro que só pode trazer ataques e maiores privações ao povo e aos trabalhadores do mundo.

O que é o G20?

O G20 é uma coordenação internacional das potências imperialistas e grandes economias dependentes, que tem a intenção de monitorar e programar a agenda da economia internacional. Desde 2008 cumpre um papel protagonista ao estabelecer a participação dos chefes de Estado em suas cúpulas, a partir desse mesmo ano se coordenaram políticas para a saída da crise capitalista, o que significou o resgate dos bancos em base ao endividamento massivo dos Estados assim como planos de ajustes, para fazer com que classe trabalhadora de todo o mundo pague pela crise.

Nado do que for resolvido nesse “fórum” será favorável para a grande maioria da humanidade, pelo contrário, esse encontro serve para favorecer a ínfima minoria de exploradores da população mundial, sustentadas por guerras, saques e planos de ajuste por todo o planeta.

Por que essa grande operação de segurança?

A operação de segurança busca dar proteção a um pequeníssimo grupo de pessoas, que são odiadas por razões justas, pois são os conspiradores da miséria de milhões de seres humanos, garantindo o grande capital.

Os argumentos utilizados pelo governo, aumentando os fatos, dizendo que há acordos e convênios vigentes com os “países amigos”, como disse o presidente Vázquez: “o Uruguai não pode se negar diante de tal pedido”, encobrindo os verdadeiros fins desta operação; converter o Uruguai em uma base de apoio logístico para tarefas de segurança e eventuais repressões a protestos.

Repercussões

Os partidos tradicionais saíram a exibir uma suposta oposição, porém na realidade como era de se esperar, só criticaram o cheque em branco que aumenta o projeto para deixar nas mãos do governo a poder de autorizar o ingresso de tropas estrangeiras no país. Não é de se estranhar já que é a agenda que sempre defendeu e vem a ser um dos maiores guardiões da subordinação aos interesses da hegemonia imperialista. Como foi o caso dos EUA nessas últimas décadas.

Na Frente Ampla (coalizão eleitoral de esquerda do Uruguai), as bases assim como setores de direção resistem ao projeto, que mostra como o governo aprofunda sua adesão à ordem mundial, sua subordinação ao capital internacional e sua política de boa vizinhança com o imperialismo e os governos que descarregam os efeitos da crise nos trabalhadores. No entanto a resistência que declaram, esses setores internos da Frente, não podem ser testemunhais nem “para as tribunas”, e sim, tem que se mostrar nas ruas.

O próprio PIT-CNT (Plenário Intersindical de Trabalhadores – Convenção Nacional de Trabalhadores) que é a central sindical única do Uruguai, também declarou seu rechaço e anunciou sua participação ativa nos protestos anti G20, porém não definiu nada concreto até agora para cumprir com o que foi dito.

Lutas nas ruas

Nessa conjuntura, além do papel repressivo que essas tropas desempenharão ao ingressarem no país, para a proteção dessa minoria, se coloca a idéia de total normalidade para justificá-las. Como a desculpa que se coloca no momento, hoje é por conta do G20 e amanhã será outra coisa.

A operação sobre o país, com interesses imperialistas, independentes de sua nacionalidade, é algo que afeta, de distintas maneiras, as nossas próprias decisões sobre os recursos naturais, a produção, tecnologia, e etc. Para defender tudo isso é necessário enfrentar os interesses e ações do capital imperialista.

As organizações sociais, sindicais e estudantis não podem permanecer indiferentes a esta iniciativa que nos coloca a serviço dos governos que trazem miséria e repressão por todo o mundo; é necessário que nos organizemos para repudiarmos este projeto com mobilizações massivas; ao mesmo tempo o PIT-CNT deve se colocar a frente convocando uma greve geral em rechaço.

 
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