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BNDES
Joaquim Levy, ex-ministro ajustador de Dilma, será presidente do BNDES no governo Bolsonaro
Redação

Convidado diretamente por Paulo Guedes (ministro da economia de Bolsonaro) Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda de Dilma, que protagonizou ataques e ajustes contra a classe trabalhadora, já faz suas malas para sair da direção financeira do Banco Mundial em Washington para assumir o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no Rio de Janeiro. No mês passado em encontro com Temer diante da pressão do empresariado para não aumentar a CPMF, Levy falou da necessidade de aprovar uma reforma da previdência importante para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise.

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Jair Bolsonaro vem buscando consolidar seu governo em torno do objetivo central de seu programa: atacar brutalmente os trabalhadores. Já conta com Paulo Guedes, criado no berço do neoliberalismo, na Universidade de Washington, que guiou todo seu programa econômico durante a campanha, escondendo sabidamente os detalhes sórdidos das reformas e ajustes que buscam fazer. Agora com Levy, que é formado na escola de Chicago, reconhecido centro do pensamento neoliberal, a meta é ampliar a interação do BNDES com os organismos multilaterais, como o próprio Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O ex-ministro da Fazenda do Governo Dilma, escolhido a dedo para aplicar um plano de ataques e ajustes contra a classe trabalhadora, argumentando que "assim faria a economia crescer rapidamente" volta agora para fortalecer ainda mais os ataques. Seu objetivo central será, com ainda mais força que no governo Dilma, controlar a crise capitalista fazendo com que os trabalhadores pagassem pela crise.

Desde o governo Dilma, os capitalistas já pressionavam o congresso para aprovar reformas que pudessem precarizar ainda mais e aumentar a exploração dos trabalhadores para manter os altos lucros. A incapacidade de Dilma de aprovar tais ataques, por pressão da base social de trabalhadores do PT, culminou então no golpe institucional de 2016, mecanismo judicial que possibilitou que Temer assumisse o papel de ajustador em nome dos interesses da burguesia.

A reforma trabalhista e a lei da terceirização irrestrita deram fôlego para os capitalistas, atacando os direitos históricos conseguidos através da luta dos trabalhadores, entretanto, ainda resta a aprovação da "mãe de todas as reformas": a reforma da previdência. Este é o carro-chefe do governo Bolsonaro, já declarado durante a sua campanha por seu vice e as medidas necessárias para aplicação desta brutal reforma já começou horas após o fim do segundo turno das eleições. Temer se colocou a disposição de Bolsonaro para tentar aprovar ainda este ano a reforma da previdência, e Rodrigo Maia (DEM) golpista de marca maior, não apenas votou em Bolsonaro como declarou que o "congresso teria que trabalhar imediatamente".

É ao lado dos golpistas e dos capitalistas que Bolsonaro está no governo, sob a benção de Moro, que comandará o ministério da Justiça comandando o país através do autoritarismo do judiciário. A reforma trabalhista, aprovada em novembro de 2017, foi aplicada sem resistência uma vez que as burocracias sindicais da CUT e CTB permaneceram sem mobilizar os trabalhadores.

Durante o período eleitoral, mesmo sob a ameaça de um enrijecimento do regime com Bolsonaro, os aparatos sindicais controlados em sua grande maioria pelo PT e PCdoB, se limitaram em fazer comícios apostando todas as fichas nas urnas. Agora, com Bolsonaro eleito não movem uma palha para mobilizar a classe trabalhadora para resistir a todos os ataques que estão por vir.

A mera luta parlamentar que é a aposta do PT e que já se mostrou derrotada, está muito longe da força necessária para fazer a burguesia e o governo tremerem, retrocedendo com seus ataques (ao contrário, foi a abertura que os governos do PT deram à direita que abriu espaço aos golpistas). É preciso que as centrais sindicais impulsionem a construção de comitês de base em cada local de trabalho e estudo, com a classe trabalhadora tomando essa luta em suas mãos e, nas ruas, barrar Bolsonaro e seu governo, que pretende ser a continuidade violenta dos ataques de Temer.

 
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