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DOUTRINAÇÃO
PRB, que hipocritamente defende Escola sem Partido, criará faculdade com autorização do MEC
Redação

O MEC (Ministério de Educação) autorizou a criação de uma faculdade de partido ligado à Igreja Universal, o PRB (Partido Republicano Brasileiro), que integra a base do MDB, partido golpista de Michel Temer, e que tem grande acordo com o reacionário Jair Bolsonaro (PSL).

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O PRB é comandado por líderes da Igreja Universal do Reino de Deus, uma das maiores igrejas evangélicas do país, cujo o fundador, Bispo Edir Macedo, declarou voto no ultra neoliberal Bolsonaro. Escancarando uma enorme contradição e falácia de discurso, o PRB se diz apoiador do Escola sem Partido, projeto que como está sendo provado vem para impor uma só ideologia conservadora nas escolas, acabando com o pensamento crítico.

A Faculdade Republicana Brasileira ficará em Brasília e funcionará a partir do ano que vem. A sede será aberta em fevereiro, com previsão de lançar vestibular no primeiro semestre e início das aulas no segundo. O curso credenciado pelo MEC foi o de ciência política, com cem alunos, que terá duração de oito semestres. A Fundação Republicana Brasileira, que recebe 20% dos recursos públicos do partido (cerca de R$ 680 mil por mês), agora busca aval do MEC para aprovar cursos de pós-graduação.

O processo de credenciamento foi aberto em 2013 e foi aprovado em agosto desse ano, mas só foi a público nesta quarta-feira, 7, quando foi hipocritamente comemorada pelo senador e bispo Eduardo Lopes (PRB-RJ), que declarou: ”quero aqui cumprimentar e parabenizar o PRB, primeiro partido no Brasil a ter um instituto de ensino". O presidente da Fundação Republicana Brasileira, Renato Junqueira, disse que busca um reitor com experiência acadêmica e que quer contratar um corpo docente sem vínculos partidários. Ironicamente, o reitor credenciado no MEC é o pastor Iurd Joaquim Mauro da Silva, tesoureiro nacional do PRB.

Todos seus discursos de que o Escola Sem Partido deve trazer a neutralidade nas salas de aula são completamente falaciosos e a criação dessa faculdade é a prova disso, porque escancara que o projeto tão defendido pelo reacionário Bolsonaro e pelo PRB serve apenas para impor sua ideologia conservadora, para impedir os estudantes de questionarem. Os estudantes e professores que estão sendo ameaçados por trazerem debates críticos nas salas de aula não podem aceitar que esses partidos reacionários escolham o que eles podem discutir ou não.

Para responder a esses absurdos, é necessário que os sindicatos dirigidos pelo PT, como a APEOESP em São Paulo, e as entidade estudantis como a UNE dirigida pelo PCdoB, saiam da passividade e apostar em uma estratégia parlamentar que já se mostrou estrategicamente falida e construam um verdadeiro e ofensivo plano de lutas, criando comitês de base em cada local de estudo e trabalho, chamando assembleias, paralisações e greves em todo o país para derrotar o Escola sem Partido e todo o projeto reacionário em ascensão no país.

 
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