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EXTREMA DIREITA
"Se for necessário prender 100 mil, qual o problema?", ameaça Eduardo Bolsonaro
Redação

Em entrevista que o reacionário deputado federal do PSL deu ao Estadão, além da já esperada chuva de bizarrices e reacionarismo, o filho de Jair Bolsonaro mais uma vez defendeu a criminalização e tipificação dos protestos sociais especialmente os do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Além disso o filho de Jair Bolsonaro quer transformar em crime qualquer alusão ao comunismo.

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Em resposta às declarações do Moro, Eduardo Bolsonaro respondeu que "Se fosse necessário prender 100 mil pessoas, qual o problema nisso?". Eduardo quer aproveitar esse fortalecimento da extrema-direita para atacar mais ainda as organizações de esquerda e acabar com os setores que se dispõem a lutar contra o reacionário governo de Bolsonaro. A intenção da família Bolsonaro de criminalizar o MST é também para atender aos interesses do agronegócio, criminalizando uma luta justa por terras que não estão sendo exploradas e que os camponeses as reativam para produzir e sustentar suas famílias.

Com a lei anti-terrorismo, lei criada pelo governo Dilma, mas que pretende-se aprofundar seu caráter reacionário passando a atacar explicitamente as organizações de esquerda, pretendem facilitar a repressão às lutas contra os ataques que estão por vir da oposição que se de nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, única oposição capaz de enfrentar o governo Bolsonaro. Nas palavras de Eduardo Bolsonaro, “o que ocorre hoje é que grupos como o MST por vezes utilizam o seu poder criminoso para invadir terras, incendiar tratores para obrigar o fazendeiro a vender suas terras a um preço abaixo do mercado. Eles impõem o terror para ganhar um benefício por outro lado. É isso que a gente visa combater. Isso aí é terrorismo.”

Além disso, pretende atacar ideologicamente criminalizando também qualquer referência ao comunismo, relacionando-o ao nazismo - regime de extrema-direita que, diga-se de passagem, uma das suas características fundamentais foi o anti-comunismo.

É problemático ver tantas confusões e erros históricos num deputado federal, ainda que sabemos que é a principal característica da extrema-direita. Agora vemos Eduardo Bolsonaro defender a criminalização do comunismo para não repetir uma Venezuela, que supostamente, na cabeça do deputado e da direita verde-amarela, seria um país comunista: ”Por onde você olha que foi instaurado esse tipo de sistema, milhões de pessoas morreram. O exemplo mais recente é a nossa vizinha Venezuela”.

No mundo paralelo da cabeça da família Bolsonaro, além da Venezuela "comunista", tem o Hezbollah e deve se combater os imigrantes da Venezuela que venham se infiltrar trazendo o "comunismo" para o Brasil e o tráfico de drogas, pois aparentemente para Bolsonaro o tráfico de drogas no Brasil é por causa do comunismo venezuelano (!).

Segundo as palavras do deputado “É o caso de acolher sim, mas sempre tomando a devida precaução e fazendo uma investigação de vida pregressa. Pega o passaporte dela, pois no meio da maioria de pessoas boas pode vir um infiltrado do lado de lá, pois na Venezuela tem presença das Farc e do Hezbollah.”

Bolsonaro "confunde" a luta por direitos com terrorismo, "confunde" o governo de Maduro com comunismo, país onde nunca se avançou contra a burguesia ou a propriedade privada. Ataca um suposto "comunismo" inexistente para defender um sistema que mata milhões de pessoas a cada ano para garantir o lucro e os privilégios de um punhado de empresários parasitas, o capitalismo, que é concreto e vigente. Tudo isso para passar os ataques contra os trabalhadores e impedir com que se levante uma resposta por parte dos setores oprimidos, mulheres, negros, lgbts e os trabalhadores organizados.

As centrais sindicais que controlam os trabalhadores do país precisam sair da paralisia e impulsionar um verdadeiro plano de lutas que coloque de pé uma enorme mobilização contra Bolsonaro, com comitês de base em todos os locais de trabalho e estudo, em que os trabalhadores façam experiência com suas direções petistas traidoras e tomem os rumos da luta em suas próprias mãos. O eleitoralismo do PT e dos reformistas já mostrou sua completa falência, precisamos ir por mais.

 
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