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As pesquisas tentam esconder: mas 27 milhões de brasileiros estão sem emprego
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG
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De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo IBGE, a taxa de desemprego no trimestre até setembro está em 11,5%, ou seja, aproximadamente 12,5 milhões de pessoas. O que representaria um recuo de 469 mil em um ano. No entanto, o critério utilizado para chegar a esse valor é considerar desempregado apenas quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Essa metodologia deixa de fora o enorme contingente de trabalhadores que estão recebendo seguro desemprego, ou que acabaram desistindo de procurar frente a profunda crise econômica que o país se encontra, e até mesmo aqueles jovens que nunca trabalharam, e por conta disso, encontram enormes dificuldades para conseguir o primeiro emprego.

Quando o IBGE passa a considerar os dados da taxa de desocupação, da taxa de subocupação por insuficiência de horas e da taxa da força de trabalho potencial, vemos esse resultado equivale a 24,2%,ou seja 27,321 milhões de brasileiros que estão sem emprego e são eufemisticamente classificados como parte da “taxa de subutilização da força de trabalho”.

Somente no último ano, mais de meio milhão de brasileiros desistiram de procurar emprego. Os brasileiros que estavam fora da força de trabalho por alguma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga, são considerados parte da “população desalentada”, entrando pra estatística da “força de trabalho potencial”. Esse setor representa um percentual total de 4,2% no trimestre encerrado em setembro, ante 4,3% no trimestre terminado em junho. No trimestre até setembro de 2017 o porcentual de desalentados era menor, de 3,8%.

Quando levamos em conta o número de pessoas que estão empregadas com um número de horas inferior a 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais, vemos que também houve um crescimento na taxa de subocupação por insuficiência de horas que ficou em 7,4% no trimestre até setembro de 2018, ante 7,1% no trimestre até junho. Em todo o país, existem 6,859 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, um recorde na série histórica iniciada no primeiro trimestre de 2012.

Enquanto Bolsonaro, os empresários e o capital financeiro imperialista fazem demagogia de que a solução para o desemprego e a crise, estariam na aplicação das reformas, dando prioridade máxima para a reforma da previdência, mas se aproveitando muito da flexibilização dos direitos estabelecida na reforma trabalhista e na terceirização irrestrita aprovada pelo governo golpista de Temer, para escravizar e precarizar ainda mais a situação da classe trabalhadora brasileira. Nós do Esquerda Diário e do MRT defendemos que é necessário nos organizar desde cada local de estudo e trabalho, exigindo das entidades sindicais e estudantis, um plano de lutas para derrotar as reformas de Bolsonaro na previdência e na educação, e frente ao desemprego exigir que os patrões paguem pela crise, reduzindo as horas de trabalho, sem redução do salário. Permitindo a contratação de mais trabalhadores e acabando com o desemprego, que atinge patamares gritantes em toda população brasileira.

 
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