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Alunos da FEA anunciam “Nova era” após vitória de Bolsonaro
Natália Hirose
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Com a campanha de Jair Bolsonaro as manifestações da direita se intensificaram, foram registrados diversos casos de violência envolvendo apoiadores do presidente eleito. Com sua vitória, no último domingo 28, o relato de casos foi ainda maior chegando a atingir a marca de 50 casos de agressão. As universidades, principalmente públicas, vieram sendo alvo de ataques constantes nas últimas semanas com invasões policiais em mais de 30 campus e a censura de faixas, cartazes, etc como no caso da UFF em que uma faixa com dizeres antifascistas foi proibida de ser pendurada no prédio.

Em São Paulo a USP foi alvo de respostas da extrema direita ao fortalecimento nas urnas de Bolsonaro, há algumas semanas foram marcadas suásticas nos apartamentos do CRUSP, o conjunto de moradias da universidade. Com a vitória do candidato as manifestações de intensificaram, foi chamado um ato em comemoração a vitória -que reuniu cerca de 20 estudantes enquanto o contra ato antifascista uniu mais de 500 pessoas-.

Na segunda, 29, alguns alunos da FEA, faculdade de economia, administração e contabilidade entraram armados no prédio e postaram fotos vestidos de militares, com camisetas do presidente americano Donald Trump e anunciando a “nova era” que se iniciará com a vitória de Bolsonaro, alertando que “as petistas safadas vão ter que tomar cuidado”. O centro acadêmico da faculdade se posicionou contrário à postura dos alunos, em nota afirmaram: “Apesar do cunho eleitoral, não se trata de uma simples manifestação política: é um retrato misógino e violento, de caráter fascista, que ameaça os direitos democráticos da coletividade dos estudantes.”.

A diretoria da faculdade também se posicionou e abriu sindicância para apurar o caso. A postura desses alunos, assim como o ato chamado em comemoração à vitória de Bolsonaro intitulada de “Marcha do chola mais” não são atos isolados. O discurso do presidente eleito é carregado de ódio e promove uma verdadeira perseguição aos LGBTs, mulheres, negros, jovens e trabalhadores e uma caça à esquerda. Na fala de Bolsonaro no domingo, 21, para manifestantes favoráveis, ele afirmou que vai varrer os vermelhos, esse discurso entra na prática com os casos de violência que são cada vez mais frequentes.

A USP foi historicamente um polo de resistência à direita, foi referência na luta contra a ditadura militar e aos ataques à educação. Agora com a ascensão de Bolsonaro e seu discurso fascistizante a universidade deve se colocar sempre em defesa dos que Bolsonaro e seus seguidores querem exterminar. Por isso, a partir da juventude Faísca e do Esquerda Diário, chamamos as entidades universitárias a chamar e construir comitês de luta por todos os cursos para que a luta contra a extrema direita seja feita com o conjunto dos estudantes, funcionários e trabalhadores mobilizados.

 
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