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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Bolsonaro e Temer querem aprovar juntos a nefasta reforma da previdência ainda esse ano
Redação

As eleições nem esfriaram e Bolsonaro já começa a se mover para garantir a reforma das reformas dos capitalistas: previdência. Ao lado de Temer, Bolsonaro irá discutir ainda essa semana a aprovação da reforma da previdência para este ano. O objetivo? Descarregar a crise nas costas dos trabalhadores, fazendo com que trabalhem até morrer.

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Bolsonaro foi eleito há 2 dias e já começou a se mexer para aprovar a reforma da Previdência, que inúmeras vezes já havia sido colocada por ele, por seu economista Paulo Guedes e por seu vice General Mourão como prioridade em seu governo. Antes mesmo de assumir, o golpista Michel Temer (MDB) acenou, poucas horas depois do resultado oficial da eleição, que estaria disposto a aprovar a reforma ainda este ano se Bolsonaro e o PSL sinalizassem que estariam em acordo.

No dia das eleições, vários setores da direita golpista e mais suja do parlamento haviam declarado apoio e mostrado que Bolsonaro estaria à postos para a aprovação da "reforma das reformas". Rodrigo Maia (DEM) disse domingo que estava votando em Bolsonaro "com convicção" e que a partir de segunda o congresso deveria trabalhar "a todo vapor". Evidentemente, pela aprovação deste brutal ataque que fará com que trabalhadores sejam obrigados a trabalhar até morrer.

Foi nesta segunda-feira (29), Bolsonaro deu sua primeira entrevista na televisão, que obviamente foi concedida ao seu mais fiel aliado Edir Macedo, dono da TV Record, que fomentou sua campanha e movimentou todos os veículos de informação vinculados à Record, como o R7 para fazer uma ofensiva campanha pró-Bolsonaro. Nesta entrevista, Bolsonaro afirmou que iria se encontrar para conversar com Temer, para que pudessem juntos já iniciar a aprovação de parte da reforma da previdência.

"Semana que vem estaremos em Brasília e tentaremos junto ao atual governo de Michel Temer aprovar alguma coisa. Se não toda reforma da previdência, ao menos parte, para tentar evitar problemas para um futuro governo", disse Bolsonaro. É evidente que, a aliança indissolúvel de Bolsonaro com os interesses dos capitalistas que apressam o governo para a aprovação da reforma da previdência, além do que Bolsonaro ficaria mais "livre" para aplicar as outras dezenas de ataques já tendo passado um ataque que tem 44% de rechaço da população.

Padilha, que vai organizar a transição do governo de Temer para Bolsonaro, afirmou que a reunião entre eles ocorrerá ainda esta semana, já contando com a participação de Onyx Lorenzoni (DEM-RJ), oficialmente escolhido por Bolsonaro como presidente da Casa Civil. No domingo, depois de votar, General Mourão havia dito que aprovariam o mais rápido possível a reforma da previdência: "Lua de mel de pobre é curta", fazendo referência ao tempo de "calmaria" entre Bolsonaro e a população, principalmente seus eleitores.

Nesta entrevista ao SBT, Bolsonaro disse que "Olha, a reforma nossa [da previdência] é um pouco diferente da do Temer. Mas nós vamos procurar o governo e salvar alguma coisa dessa reforma. Da forma com que foi proposta, não aiante eu ser favorável ou o general ser favorável, temos de ver o que pode passar na Câmara e no Senado. Agora, o que nós não podemos é não aprovar nada no corrente ano, ela é bem vinda e será feita com critério e responsabilidade"

Está mais claro do que nunca que as eleições são a continuidade do golpe institucional de 2016, que possibilitou o avanço da extrema-direita e ataques brutais contra a classe trabalhadora. Bolsonaro é a continuidade ainda mais autoritária de Temer. É um aprofundamento do golpe e levará em frente, agora de forma ainda mais violenta usando "a eleição por vias democráticas" como ferramenta pra aplicar os ataques que Temer fracassou.

Seu projeto de governo ultra-neoliberal, já parcialmente escancarado em sua campanha, agora toma de vez os contornos através de alianças com partidos, diálogo com alas do golpismo, para aplicar os ataques de interesse dos patrões para que eles mantenham o seu lucro e que a conta da crise seja paga pelo trabalhador.

É urgente que as centrais sindicais, especialmente a CUT e a CTB, rompam de uma vez por todas com seu imobilismo traidor, que travou as lutas da classe trabalhadora em 2017, deixando o caminho livre para que a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita fosse aprovada, acabando com dezenas de direitos conseguidos através da luta histórica da classe trabalhadora.

A estratégia de "oposição parlamentar" dócil do PT, continuidade da fracassada estratégia eleitoralista, é absolutamente impotente para frear os ajustes de Bolsonaro, assim como foi para frear a reforma trabalhista de Temer. Dirigindo a CUT, conteve a luta dos trabalhadores e facilitou o caminho para que a terceirização irrestrita também fosse aprovada em 2017.

É urgente convocar e massificar comitês de base em cada local de trabalho para organizar o combate à reforma da previdência e aos ataques de Bolsonaro, continuidade mais autoritária do governo golpista de Temer.

É através da luta dos trabalhadores e da juventude, em seus locais de trabalho e estudo, retomando os sindicatos e entidades das mãos da burocracia e fazer deles verdadeiros instrumentos de organização, construindo milhares de comitês de base por todo país que será possível combater o avanço de Bolsonaro, do golpismo e da continuidade violenta das reformas de Temer.

 
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