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PESQUISA SOBRE O ABORTO NO MUNDO
Quase sete milhões de mulheres foram atendidas por complicações de abortos inseguros
María Emilia Laplace

De acordo com o informe sobre aborto no mundo apresentado pelo Instituto Guttmacher, aproximadamente sete milhões de mulheres de países semicoloniais foram tratadas por complicações médicas causadas por abortos inseguros em 2012.

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Legenda do gráfico ’O aborto no mundo’:

  •  Proibido
  •  Permitido para proteger a vida e a saúde
  •  Permitido para proteger a saúde mental
  •  Permitido em causas socioeconômicas
  •  Menos restritivos

    Os dados indicam que há muitas mulheres que passam por complicações relacionadas a abortos inseguros, mas com frequência não buscam cuidado médico ou não podem recebê-lo, e que, consequentemente o número real é provavelmente muito maior. A pesquisa estima ainda que 15% das mortes maternas a cada ano estão relacionadas a complicações decorrentes de abortos inseguros.

    Esta cifra alarmante reflete a falta de acesso a métodos seguros de aborto legal para as mulheres de todo o mundo. Pesquisas anteriores do Instituto Guttmacher indicaram que 22 milhões de abortos inseguros são realizados por ano, causando a morte de 22.000 mulheres, ainda que os pesquisadores estimem que estes dados subestimados devido à falta de informações sobre os abortos inseguros.

    As consequências são terríveis. O aborto inseguro é uma das principais causas de morte materna. A cada ano 47.000 mulheres morrem por complicações derivadas do aborto inseguro. Quase todas estas mortes ocorrem em países com leis de aborto extremamente restritivas. E outros milhões de mulheres ficam feridas, algumas de forma grave e permanente.

    O acesso ao financiamento para o aborto seguro e legal também é um problema. Atualmente, a Lei de Emenda Helms proíbe o uso de recursos federais nos Estados Unidos para proporcionar o aborto legal e seguro, ainda que existam exceções nos casos de estupro, incesto ou perigo à vida da gestante. Organizações e ativistas lutaram durante muito tempo para que se faça uma reinterpretação da Emenda Helms, ou sua derrubada por inteiro.

    Outro ponto importante do informe é o acesso ao planejamento familiar; para muitas mulheres os serviços e métodos contraceptivos que estão à disposição são limitados e não se ajustam às suas necessidades. Se as necessidades de planejamento familiar dessas mulheres fossem atendidas, os resultados seriam espetaculares. O número anual de gestações não planejadas seria reduzido de 80 milhões para 26 milhões, e haveria 26 milhões de abortos a menos por ano.

    Ainda que o estudo defenda enfaticamente a melhora do acesso ao planejamento e métodos contraceptivos, aponta que a necessidade do acesso ao aborto é um direito fundamental das mulheres, e que são estas quem devem decidir quando querem ter um filho sem colocar em risco sua saúde ou sua vida.

    Fontes: Feminist.org / guttmacher.org/

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