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eleições 2018
Categoria de 100 mil trabalhadores da educação em SP se posiciona contra Bolsonaro – exigimos que Claudio Fonseca pare de esconder essa posição
Grazieli Rodrigues
Professora da rede municipal de São Paulo

Na semana passada participamos do 29º Congresso do SINPEEM onde foi aprovada uma importante resolução: a maioria esmagadora dos mais de 4.000 delegados se posicionou contrária a Bolsonaro durante a votação do Plano de Lutas da categoria para 2018 e 2019.

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Isso num contexto político tão polarizado do país não pode ser tratado como um fato de menor importância, é um posicionamento firme que expressa a opinião dos representantes eleitos por mais de 100.000 professores, gestores e trabalhadores do quadro de apoio, que esse ano derrotaram o principal ataque dos golpistas, a Reforma da Previdência ou SAMPAPREV de João Doria do PSDB. Além do “Não a Bolsonaro”, o plenário, também aprovou a organização de Comitês de Base em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora como forma de dar forma a luta necessária que precisamos construir a partir dessa posição.

Esse posicionamento fundamental vindo de uma categoria combativa e num momento político como esse se deu apesar da direção de Claudio Fonseca, presidente do sindicato, que desde o primeiro dia fez discursos demagógicos em defesa da democracia, mas não citou nem uma única vez o nome de Jair Bolsonaro, impondo na prática uma linha de neutralidade que seu partido, o PPS, defende. Essa “neutralidade” que em última instância só serve para fortalecer Bolsonaro e que Claudio tentou nos enfiar goela abaixo no Congresso, é mais de um posicionamento nada neutro em que o PPS se apoia para em todo o país seus parlamentares apoiarem o PSL de Bolsonaro se lhes convir.

Claudio, como vereador foi base-aliada do PSDB do ex-prefeito João Doria na Câmara dos Vereadores de São Paulo, apoiou o Golpe Institucional que derrubou Dilma em 2016 e a greve dos caminhoneiros – um movimento patronal que agora mostrou sua cara mais direitosa ameaçando parar tudo caso Bolsonaro não seja eleito. Sempre citou nominalmente Haddad em todas as suas falas e em materiais do Sindicato, mas exatamente num momento como esse quer ser “neutro”, logo agora que nas escolas, universidades e sindicatos de todo o país os educadores e estudantes estão sendo censurados pelo poder judiciário, isso quando não são calados através da força policial como forma de impedir suas manifestações exatamente para defender Bolsonaro, inclusive, a prática de recolher materiais Claudio já adotou durante o Congresso quando permitiu que seus seguranças confiscassem os panfletos de uma das corrente da Oposição (!). Veja que no site do Sindicato, nas notas sobre o Congresso esse é o único ponto que não é citado:

Enquanto esconde da categoria o posicionamento mais importante deliberado pelo Congresso e segue lidando apenas com questões corporativas como se nada estivesse acontecendo no país, Claudio Fonseca mostra que só serve de freio para que os trabalhadores da educação do município de São Paulo façam uma verdadeira frente a Bolsonaro, que já é nosso principal inimigo. Exatamente por isso não queria que o Congresso se posicionasse e agora quer esconder essa importante resolução arrancada com muita pressão da base e da Oposição e calar a categoria em nome de manter suas sujas alianças políticas com os inimigos da classe trabalhadora. Não nos enganemos, é esse é o papel que ele vai cumprir para esse governo que pode ser eleito no domingo.

Por isso, nós do Movimento Nossa Classe e do MRT, que impulsionamos junto à centenas de jovens e trabalhadores de todo o país o Esquerda Diário, repudiamos a postura de Claudio Fonseca que mostra sua face mais burocrática passando por cima das vozes de mais de 4.000 delegados que se organizaram num forte grito de #elenão e colocamos nosso portal de notícias a serviço dessa importante categoria, como fizemos durante a Greve de Municipais e também nos 4 dias d0 29º Congresso, onde fomos parte de arrancar esse importante posicionamento.

Durante nossa atuação no Congresso, denunciamos diariamente o endurecimento do regime desde o Golpe Institucional de 2016 que derrubou Dilma do PT e fortaleceu a Direita no Brasil, cujo filho legítimo é Jair Bolsonaro, um político que representa tudo que há de mais atrasado e autoritário no país. Para a burguesia, o remédio amargo, que por medidas ainda mais autoritárias que o governo do golpista Michel Temer quer fazer com que nós paguemos pela crise, atacando principalmente as mulheres, negros, indígenas, LGBTS e não nos enganemos, tudo isso a começar pelo funcionalismo público e pela Educação. Por isso acompanhamos cada trabalhador no voto 13, em Haddad, como um voto contra Bolsonaro, no entanto, fazemos isso sem expressar apoio político ao PT que em seus 13 anos de governo rasgou a independência de classe e governou para burguesia, que ao não lutar contra o Golpe e trair as Greves Gerais após abril do ano passado, abriu espaço para essa direita e que agora segue errando ao não declarar que vai anular as Reformas de Temer e não realizar a Reforma da Previdência, isso enquanto leva a classe trabalhadora a acreditar que é nas urnas e não nas ruas que derrotaremos Bolsonaro e a extrema-direita. E chamamos a classe a se organizar em Comitês de Base contra Bolsonaro, o Golpismo e as Reformas e também as centrais sindicais, CUT e CTB, a romperem com a paralisia que nos trouxe até essa decadente situação e em todas as categorias onde estão também organizarem os trabalhadores e trabalhadoras através dessa proposta concreta, política essa, dos Comitês, que também aprovamos no 29º Congresso do SINPEEM e que Claudio não só vai esconder, como servir de freio para que se implemente, afinal é mais fácil que se alie a Bolsonaro do que organize os trabalhadores da educação para derrubá-lo.

Num momento como esse é fundamental que estejamos organizados numa forte exigência a direção do SINPEEM, denunciando seu silêncio para arrancar que nossa posição se expresse, se somando aos trabalhadores que já estão se movimentando contra Bolsonaro. As correntes da Oposição que atuaram de forma unificada no Congresso pelo posicionamento contra Bolsonaro e pela necessidade de organização dos Comitês de base, não podem se contentar com o voto envergonhado de Claudio Fonseca que não se opôs ao posicionamento porque não queria se isolar da base da categoria e escancarar que de maneira velada através de seu partido é parte do fortalecimento de Bolsonaro (já que não luta contra ele), afinal se a resolução não está sendo divulgada nem pelo Sindicato e nem por Claudio Fonseca, ela não valeu de nada que não para salvar a alma da direção majoritária do SINPEEM frente aos delegados do Congresso. Nesse sentido, fazemos um chamado aos companheiros da Oposição a serem parte da denúncia da postura da direção de Claudio Fonseca e da exigência imediata para que se divulgue amplamente o resultado dessa batalha através do site do Sindicato, das redes sociais e do uma declaração da direção que expresse e faça valer o posicionamento aprovado, e também organizando imediatamente os Comitês de base em cada região para que a categoria tenha como decidir como organizará suas lutas. Sem esse combate toda as demais deliberações esbarrarão num limite chamado Bolsonaro, que se eleito vai atacar centralmente a organização dos trabalhadores por todo país.

A demagogia de Claudio Fonseca, derrubaremos organizados, escancarando seu oportunismo, que quer homenagear lutadores como Marielle Franco e Moa do Catendê para sair bem na foto, mas ignorando que só morreram por tomar partido, coisa que ele quer impedir uma categoria de mais de 100.000 trabalhadores com moral combativa faça! Mas assim como nos posicionamos contra Bolsonaro, não aceitaremos que um burocrata seja o limite para organização da nossa categoria!

NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO TEM UMA CATEGORIA COM MAIS DE 100.000 TRABALHADORES QUE GRITA BOLSONARO NÃO!

Veja um pouco da atuação do MNCE, pelo ED e em nossa página do Facebook https://www.facebook.com/profpbase/

Professores municipais se posicionam em rechaço a Bolsonaro http://www.esquerdadiario.com.br/Professores-municipais-se-posicionam-em-rechaco-a-Bolsonaro

Cláudio Fonseca, burocrata do PPS, quer calar as vozes de 4 mil professores http://www.esquerdadiario.com.br/Claudio-Fonseca-burocrata-do-PPS-quer-calar-as-vozes-de-4-mil-professores

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