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ESTUPROS NA USP
Ato contra os estupros na USP reune centenas de mulheres
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG
Jéssica Antunes

Nessa segunda feira, 24 de agosto, mais de 400 mulheres realizaram um grande ato na USP, contra os estupros e violência no campus e denunciando a reitoria e a polícia, o ato terminou fechando o principal portão da universidade e o cruzamento da avenida em frente.

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Foto: Anaís Goedert

O ato foi a principal iniciativa discutida na plenária de mulheres da universidade, chamado em resposta aos crescentes casos de estupro, escancarados com o escândalo da faculdade de medicina e agora com o blog do Tio Astolfo e seu "Guia de como estuprar uma mulher na FFLCH".

A ação surgiu como uma resposta à conivência da reitoria, cujo o reitor Marco Antônio Zago declarou que "não devemos endemonizar esses meninos", no caso os comprovados estupradores das festas na faculdade medicina. As respostas da reitoria foram o programa USP mulheres, programa voltado somente para os homens, em aliança com a ONU e grandes empresas imperialistas e a tentativa de aumentar o policiamento no campus, com o policiamento japonês. Dessa forma a reitoria, acaba ignorando todas as reivindicações do movimento de mulheres como iluminação das ruas escuras, mais circulares, abertura do campus Butantã, entre outras.

Passando pela "rota dos estupros", o ato saiu da frente da reitoria e foi em direção a unidades onde casos de violência foram denunciados. Passou também pela moradia estudantil, o CRUSP, onde acontecem diversos casos de agressão e assédio, sistematicamente ignorados pela administração, a SAS.

O espírito foi de muita combatividade e enfrentamento, com as mulheres deixando bem claro que não vão aceitar “Nenhuma a Mais” estuprada, e que a nossa segurança não pode ser garantida por essa instituição machista, racista e homofóbica que é a polícia.

O ato contou com a presença de estudantes diversos cursos, com a Secretaria de Mulheres do SINTUSP, e também de coletivos como Movimento Mulheres em Luta, Juntas, ANEL, Rua, Rizoma e nós do grupo de mulheres Pão e Rosas. Nosso bloco foi inspirado nas mulheres indianas que se vestiam de rosa e se organizavam para combater os revoltantes casos de estupros coletivos no país.

A Reitoria já demonstrou sua incapacidade para combater os casos de violência na universidade. O ato foi um primeiro passo para que possamos construir um forte movimento de estudantes e trabalhadores, contra os estupros, a violência e o policiamento no campus, que só vem para reprimir aqueles lutam e não para nos proteger.

É preciso que o movimento de mulheres e as entidades apoiados nesse forte sentimento de indignação e combatividade, exijam a abertura de uma investigação independente para garantir que todos os estupradores sejam efetivamente punidos. Assim como o atendimento de todas as nossas reivindicações, lutando por uma universidade aberta, viva e segura, a serviço das mulheres, LGBT, negros e toda a população oprimida e explorada.

 
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