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ELEIÇÕES 2018
Bolsonaro busca alianças em eventual governo e sinaliza para velhos corruptos do DEM
Fanm Nwa

Em encontro com a Frente Parlamentar da Segurança, Bolsonaro indica planos de levar para seu governo, caso eleito, deputados do Democratas (DEM) que não se reelegeram. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) já havia sido apresentado como eventual titular da Casa Civil.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Esse encontro aconteceu na terça-feira, 23, e contou com 32 representantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública. Dentre os nomes estão Alberto Fraga (DF), atual líder da “bancada da bala” no Congresso, e Pauderney Avelino (AM).
Bolsonaro prometeu durante a campanha formar uma equipe “livre de indicações políticas e interferência partidária”, e começou a escolher seus nomes, mas os deputados negam que existam conversas formais com o DEM sobre uma possível composição do governo, mas sim uma “identificação pessoal” de Bolsonaro com os integrantes da legenda e com o programa conservador do partido.

Fraga foi indicado como possível “coordenador” da base aliada – papel atualmente do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência. Fraga é oficial da reserva da Polícia Militar e perdeu a disputa pelo governo do Distrito Federal.

Durante o mesmo encontro, Bolsonaro ainda gravou vídeo ao lado de Pauderney Avelino, a quem chamou de “grande companheiro” e amigo. “Ele [Pauderney] fará parte, com toda certeza, do nosso governo, e fará intermediação com esse Estado próspero e maravilhoso [Amazonas], mas que precisa de alguns reparos, para que vocês possam, na economia e em outras áreas também, crescer na região”, afirmou na gravação.

Sobre quem apoiar no segundo turno, o DEM liberou os filiados no segundo turno, mas historicamente fez oposição ao PT. O presidente do partido, ACM Neto, já deu seu sinal ao declarar voto em Bolsonaro e disse ainda que considera normal e “nada surpreendente” que deputados do partido “que possuem afinidade com Bolsonaro ou por terem sido colegas de Congresso” se aproximem dele.

Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, conta com apoio do Centrão – DEM, PP, PR, PRB e SD – e busca se manter no comando da Casa. Esse apoio à base governista é essencial para um governo que pretende enviar reformas ao Congresso, como quer Bolsonaro. O grupo chegou a ter 220 deputados (mais de 40% do total da Casa).

Em troca desse apoio, Bolsonaro sustentaria a candidatura de Maia para um novo mandato como presidente da Câmara, o que ele claramente tem interesse, e esse pacote incluiria o direito à indicação de nomes para cargos de primeiro e segundo escalão por partidos do Centrão. O que inclui a nomeação de ministros, secretários e também presidentes de estatais e diretores de agências reguladoras.

O presidente em exercício do PSL, o advogado Gustavo Bebianno, é cotado para ser ministro da Justiça e vê com bons olhos a aproximação com partidos da centro-direita e do centro, como DEM e MDB. Além de cogitar representantes do DEM, os escolhidos por Bolsonaro para o ministério da Agricultura virão, sem nenhuma surpresa, da Frente Parlamentar da Agropecuária, a chamada bancada do boi, que é outro pilar de apoio do candidato no Congresso.

A bancada da Bíblia, claro, também foi contemplada pelo candidato. Ele afirmou em entrevista a TVs controladas por igrejas evangélicas que cristãos terão espaço no governo, se aproximando com o discurso de “nós temos o sentimento cristão”.
Está claro que a proposta de Bolsonaro não é nem um pouco “livre de indicações políticas e interferência partidária”, mas sim cheia de interesse em manter o plano de ataques contra a classe trabalhadora, intensificando os que Temer já veio fazendo desde 2016, pós golpe institucional. O que mostra que além de machista, racista e LGBTfóbico, Bolsonaro também quer atacar intensamente a classe trabalhadora, com um time que garanta e mantenha seu plano de ajustes.

 
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