Segundo números oficiais 31 pessoas foram detidas hoje nesta tarde em frente ao Congresso Nacional da Argentina quando ocorria uma manifestação com milhares de pessoas durante a votação do Orçamento do governo para 2019, em Buenos Aires. Dentre os presos estão diversos trabalhadores, sendo cinco trabalhadores do Astillero Río Santiago, membros da Revista Poderosa, e um trabalhador de Télam.
O projeto enviado pelo oficialismo ao Congresso Nacional busca legalizar um enorme corte do chamado gasto público, para garantir o pagamento da dívida pública. O objetivo do governo é conquistar a "meia sanção" (que significa aprovação no Congresso para ser decidida no Senado posteriormente) antes desta sexta-feira, quando se reunirá com o FMI para debater o acordo construído entre o ministro Nicolás Dujovne e Christine Lagarde, com o objetivo de dar um sinal aos chamados “mercados” de que avançam no sentido do ajuste.
VEJA TAMBÉM
Argentina: Congresso Nacional votará o Orçamento do FMI amanhã
Argentina: Del Caño propôs repudiar as ameaças de Bolsonaro aos sem teto e sem terra
Hoje milhares de pessoas que se reuniram para protestar contra os ajustes foram duramente reprimidas em frente ao Congresso, incluindo parlamentares como Myrian Bregman da Frente de Esquerda, e segundo foi informado oficialmente foram ao total detidos 31 pessoas, levadas de caminhão pela polícia.
Tradução do Twitter: Deputado Nicolás del Caño repudiou a repressão no Cogresso e defendeu que se cancelasse a sessão do #Presupuesto (Orçamento)
Tradução: Exigimos a imediata liberdade de Nacho Levy e todos os detidos da @gargantapodero. Que nos digam onde estão!
Veja vídeo da repressão hoje em Buenos Aires:
Tradução: Nos acertaram com balas de borracha. Feriram várias companheiras e companheiros. Todo está muito mal.
Tradução: Repudiável o governo que tem que apelar para a repressão para fazer passar o #PresupuestoDelAjuste (Orçamento do ajuste). Querem evitar que se mobilizem todos os que sabem que este orçamento é o ajuste do FMI
(Foto Nacho Sánchez | Revista Cítrica)
Vale dizer que também houveram vários feridos por conta das balas de borracha e gás lacrimogêneo. Contra os trabalhadores do Astillero Río Santiago em particular os seguiram aos golpes até os ônibus que haviam trazido-os de Ensenada.
Noticia em desenvolvimento. Veja a original no La Izquiera Diario.
Foto Enfoque Rojo
|