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COMITÊS DE BASE
Na UFRJ: é preciso organizar a base contra a ultradireita, os golpistas e as reformas
Redação Rio de Janeiro
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FOTO: Fernando Souza

No dia 23 de outubro realizou-se uma assembleia comunitária na UFRJ, que reuniu representantes de todos os setores da universidade, para debater a situação nacional, e os desafios colocados para combater a ultradireita. Compondo a mesa estiveram integrantes do DCE, do SINTUFRJ; ADUFRJ; trabalhadores efetivos e terceirizados. Em torno de 250 pessoas estiveram no auditório do Centro de Tecnologia, na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão.

A assembleia ouviu intervenções de alunos, professores e técnicos sobre os perigos de um futuro governo Bolsonaro, o risco que corre a universidade pública. Falou-se da necessidade da universidade em integrar ações já existentes e lutas construídas em outras universidades em resistência à ascensão de Bolsonaro.

O MRT, com uma fala de Simone Ishibashi, doutoranda em Economia Política Internacional pela universidade interveio defendendo a necessidade de frente a essas eleições completamente manipuladas e cerceadas pelo judiciário, com a tutela das Forças Armadas irmos além da campanha eleitoral. Ela ressaltou a necessidade de que se formem comitês de base organizar a luta em todas as categorias contra a ultradireita, os golpistas e as reformas.“É preciso que esse comitê se massifique, agregando todas e todos para elaborar um calendário de mobilização e luta contra a ultradireita reacionária e ultra neoliberal expressada em Bolsonaro, para resistir desde o primeiro dia aos ataques que virão”. Também afirmou que é preciso refletir criticamente como chegamos a essa situação. “Sem dúvida a existência dessa ultradireita que representa tudo o de mais reacionário, que quer atacar os trabalhadores, negros, mulheres e LGBTs merece a mais ampla unidade dos trabalhadores e da juventude para ser combatidas na luta de classes. Mas é preciso saber que se chegamos a esse ponto, foi porque as direções dos trabalhadores e dos movimentos de massas, como a CUT e a CTB pactuaram com os golpistas e a direita em momentos onde a luta era crucial. Isso abriu caminho para a ultradireita, e exige que tiremos lições, para enfrentar os tempos que se anunciam. É preciso que essas direções sindicais rompam com essa prática e construam comitês de base massivos”, afirmou.

Também, frente ao flagrante ataque que se avizinha contra a educação pública, com as declarações cada vez mais absurdas do general cotado pelo PSL para a pasta da educação, foi proposto pela intervenção do MRT que todos os setores (além de alunos, também professores e técnicos; efetivos e terceirizados) façam parte do dia de paralisação nacional marcado pela UNE na próxima sexta feira (26), para que possa ser um dia efetivo para mostrar a nossa força e disposição de luta em defesa da educação.

Leia também: MRT e Esquerda Diário chamam: Comitês de base para derrotar Bolsonaro, o golpismo e as reformas!

Se estendendo muito além do horário previsto, por conta de muitas intervenções, a assembleia terminou se esvaziando, sem que o DCE encaminhasse a proposta de votar um comitê de base para organizar a luta, defendendo uma frente ampla pela democracia. Isso dificulta a mobilização dos setores da universidade para lutar contra o ascenso da direita, para além de setores da militância já organizada. Isso demonstra, também, uma fraqueza na construção da assembleia nos cursos e locais de trabalho, e a baixa mobilização promovida pelo DCE para a luta contra a extrema direita.

Por fim, a já esvaziada assembleia aprovou por unanimidade ou aclamação a maioria das propostas colocadas, com algumas alterações. Foi tirada a criação de uma Frente Universitária Contra o Fascismo. Técnicos e professores não aprovaram paralisação para o dia 26/10, limitando-se a votar apenas um indicativo por meio da assembleia, de mobilização e apoio à paralisação dos estudantes, com orientação a que os professores não deem falta.

Cabe agora aos estudantes, e a todo o corpo da universidade impulsionar a criação de comitês de base, além de construir os já existentes para que se massifiquem de forma que possam avançar para além de somente comitês de campanha ou panfletagem para instrumentos de luta de fato, e que aprovem calendários conjuntos de luta para derrotar a extrema direita no campo dos trabalhadores: a arena da luta de classes!

 
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