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MANIPULAÇÃO
Censura: TSE proíbe denunciar que Bolsonaro defende a tortura
Redação

Mais uma decisão absurda para favorecer o reacionário candidato e sua agenda de entrega de todas estatais ao imperialismo e extinção dos direitos trabalhistas.

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A lista de manipulações nesta eleição é infindável. A nova manipulação depois de Rosa Weber falar que TSE não devia criar "marola" diante das evidências de crime eleitoral de Bolsonaro, agora o mesmo órgão superior eleitoral, proíbe Haddad de denunciar na TV que Bolsonaro é um defensor da tortura.

Não faltam evidências disso, numerosos discursos, bem como seu elogio ao torturador e assassino Ustra durante a votação do impeachment em 2016.

Essa renovada arbitrariedade do judiciário acompanha uma imensa lista nesta eleição, depois da prisão arbitrária de Lula e impedimento de sua candidatura, e depois impedido até mesmo de dar entrevista, esta nova medida foi tomada para favorecer mais ao candidato reacionário e sua agenda de extinção de direitos trabalhistas. Esse movimento de favorecimento é acompanhado de outros para lhe colocar uma espada na cabeça e servir de ameaça em seu provável governo.

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O Tribunal Superior Eleitoral, em decisão liminar do ministro Luís Felipe Salomão, suspendeu a veiculação da peça de propaganda televisiva da coligação do candidato a presidente da República Fernando Haddad (PT) que exibe cenas de tortura e expõe fala do candidato Jair Bolsonaro como sendo favorável a essa prática.

A decisão atende a um pedido da coligação do PSL.

O ministro Salomão, na decisão publicada neste sábado, 20, afirmou que a "a peça publicitária impugnada ultrapassou os limites da razoabilidade e infringiu a legislação eleitoral" e que "o conteúdo da mídia, diante das cenas de violência, destina-se à faixa etária acima dos 14 anos, e só poderia ser veiculada, na televisão, após às 21h".

Os crimes de Bolsonaro, como a apologia da tortura, não podem ser denunciados.

"Observando a sequência das cenas e a imputação formalizada ao candidato impugnante e seus eleitores/apoiadores, percebo que a peça televisiva tem mesmo potencial para ’criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais’", disse o ministro do TSE, que é também ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

É de um absurdo ímpar este texto, acusa de "criar artificialmente estados mentais" ao denunciar o que ele realmente diz, ao mesmo tempo que seria "criar marola" tratar das fake news e crimes eleitorais.

A propaganda resgata um vídeo em que Bolsonaro se diz favorável à tortura, em um programa de televisão. "Eu sou favorável a tortura, tu sabe disso", diz Bolsonaro no vídeo exposto. A peça também mostra o deputado federal defendendo a memória do coronel Brilhante Ustra na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff ("Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra").

A peça publicitária da coligação do candidato Fernando Haddad expõe trechos de cenas de tortura do filme Batismo de Sangue (2006), dirigido por Helvécio Ratton, e mostra depoimento da escritora Amelinha Teles, que foi torturada pelo Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra durante a ditadura militar.

Outra fala de Bolsonaro exposta é uma em que ele fala sobre morte de inocentes. "Através do voto, você não vai mudar nada nesse país. Você só vai mudar, infelizmente, quando um dia nós partimos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez, matando uns 30 mil. Se vai morrer alguns inocentes, tudo bem", diz.

Como se não faltassem absurdos na sentença, o juiz conclui: "A distopia simulada na propaganda, considerando o cenário conflituoso de polarização e extremismos observado no momento político atual, pode criar, na opinião pública, estados passionais com potencial para incitar comportamentos violentos", afirma.

Salomão fixou uma multa de R$ 50 mil a cada descumprimento da decisão, se a propaganda voltar a ser veiculada.

Para derrotar o reacionarismo de Bolsonaro é preciso construir milhares de comitês de base em cada local de trabalho e estudo no país, para que a força da classe trabalhadora e da juventude possa aparecer para fortalecer o único terreno que podemos derrotar a extrema direita, o golpismo e as reformas: a luta de classes. O Esquerda Diário acompanha aqueles que querem derrotar Bolsonaro nas urnas mas o fazemos criticamente, pois a estratégia meramente eleitoral do PT e sua conciliação com a direita abrem caminho a Bolsonaro e aos selvagens ataques a nossos direitos.

Com informações da Agência Estado

 
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