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Por comitês em toda USP para organizar nossa luta contra Bolsonaro, o golpismo e as reformas
juventude Faísca USP
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Bolsonaro, herdeiro do autoritarismo da ditadura militar, é representante da mais selvagem continuidade do golpe institucional. Quer, pela força e repressão, aprofundar os ataques de Temer contra os trabalhadores, a juventude e os setores oprimidos. Fortalecido pela manipulação das eleições pelo Judiciário golpista, que impediu o direito do povo decidir em quem votar, apoiado na crescente politização das Forças Armadas e em grupos econômicos ligados a interesses imperialistas, Bolsonaro e essa extrema direita asquerosa querem esmagar o espírito de Junho de 2013 e impor uma transformação reacionária no regime político em frangalhos.

A juventude que se levantou em Junho de 2013, que ocupou escolas e universidades em todo o país e tomou as ruas na Primavera Feminista, tem em Bolsonaro seu inimigo declarado. Assim como o MBL e seu liberalismo raivoso, com Kim Kataguiri que hoje apoia o candidato do PSL, querem dar uma saída reacionária ao descontentamento expresso por essa geração Por isso, nós, da Faísca, acompanhamos todos os jovens e trabalhadores que, contra Bolsonaro e sua base social reacionária, desejam expressar seu rechaço nas urnas e votamos criticamente em Haddad. Mas não damos nenhum apoio político ao programa e à estratégia eleitoral do PT. Que em seus treze anos de governo abriu espaço para o golpe ao governar com a direita, privilegiou o ensino privado, não legalizou o direito ao aborto e agora se mostra disposto a novamente rifar esse direito para garantir acordos com a igreja, além de dar garantias de que não debaterá o kit anti-homofobia nas escolas.

Em várias universidades pelo Brasil, os estudantes estão realizando assembleias, votando atos e paralisações e organizando sua revolta: é preciso uma estratégia que esteja à altura desse combate, capaz de vingar com nossa luta todos os que caem pelas mãos dessa extrema direita que demonstra até onde é capaz de ir pelos interesses dos capitalistas, sendo símbolo o assassinato do capoeirista Mestre Moa do Katendé na Bahia. Com essa energia, a tarefa da juventude é construir e massificar centenas comitês de base por todo país, que impulsionem e organizem a luta contra Bolsonaro e seus capangas, o golpismo e suas reformas, pelos métodos da luta de classes, construindo um plano de luta que culmine em paralisações e greves em todo país. Em cada curso, escola e universidade, devemos multiplicar nossa força nesses comitês, para que cheguem a milhares de jovens e para que cada um deles possa ser sujeito desse combate. Buscando se aliar aos trabalhadores nessa luta contra a extrema direita.

Para isso, a UNE e a UBES, dirigidas pelo PCdoB da Manuela D’Ávila e pelo PT de Haddad, devem romper com sua paralisia eleitoralista, que, junto às traições da CUT e da CTB, foi incapaz de barrar o avanço do golpe institucional e devem construir pela base a auto-organização da juventude em cada local de estudo onde está, com centenas de comitês. Nossas entidades estudantis, em cada centro acadêmico e DCE, devem ser ferramentas a serviço desse combate na luta de classes.

Enquanto Bolsonaro se pinta de “anti-sistema”, com um discurso nacionalista para “salvar o Brasil”, “acabar com o desemprego e a corrupção”, esse político, os grupos econômicos que o apóiam, sua equipe econômica, com Paulo Guedes, planejam entregar o país e todas as suas riquezas nacionais, a começar pela Petrobrás, ao imperialismo, privatizando todas as estatais para garantir o pagamento da ilegal e ilegítima dívida pública. Enquanto seu assessor do programa de educação defende mais repressão nas escolas, é contra as cotas raciais e quer acabar com “as ideologias” para ensinar “a verdade sobre 64.”

Devemos lutar por uma saída que combata os lucros dos capitalistas, revogando as reformas de Temer, não pagando a dívida pública para garantir verbas à educação, defendendo o salário mínimo do Dieese e a redução das horas de trabalho sem redução de salário contra o desemprego, por uma Petrobrás 100% estatal sob gestão dos petroleiros e controle popular, podemos batalhar por outra perspectiva de futuro à maioria da juventude, aliada aos trabalhadores.

Essa é a estratégia e o programa que nós da Faísca - Anticapitalista e Revolucionária levantamos, chamando cada jovem estudante e trabalhador a conhecer nossas ideias e travar esse combate ao nosso lado, sendo o Esquerda Diário um importante instrumento que colocamos a esse serviço, em tempos de fake news.

Mas o que são comitês de base?

Os comitês são organismos históricos dos estudantes e trabalhadores, que tem como principal papel organizar o debate político e a luta contra os ataques que sofremos. Nós da Faísca defendemos comitês de base nesse momento, pois são a melhor forma de fazer com que os estudantes sejam sujeitos da política e possam organizar planos de luta em seus locais de estudo contra Bolsonaro seu avanço reacionário. Defendemos a conformação de centenas de comitês massivos, que possam tirar ações desde panfletagens, até paralisações, greves, atos de rua. É tarefa de cada comitê conformado pelos estudantes organizar a luta e levar às fábricas e aos locais de trabalho um programa para que sejam os capitalistas a pagarem pela crise e se chocar com a saída ultraneoliberal que defende essa extrema direita, preparando desde agora um grande enfrentamento.

 
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