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ARROCHO NEOLIBERAL
Paulo Guedes e Bolsonaro querem elevar arrocho da PEC do teto, desvinculando gastos sociais do Orçamento
Silvério Baltazar Lobo
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Faltando duas semanas para o fim do segundo turno, a equipe do candidato reacionário Jair Bolsonaro e o economista ultra-neoliberal Paulo Guedes já trabalham em pontos que estão em aberto no pacote de maldades contra a classe trabalhadora e a população pobre. A intenção do grupo é impor uma ampla ’reforma fiscal’, tendo como ponto de partida o teto dos gastos de Michel Temer, que será mantido e sob o qual serão colocados pilares que buscam cortar gastos.

Com esta proposta, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes querem que os grandes empresários aumentem a sua taxa de lucro, mesmo que isso signifique cortes em áreas elementares como a saúde e educação pública. A prova disso é que Bolsonaro e Guedes querem manter o teto dos gastos de Michel Temer, medida que está aprofundando o sucateamento do setor público, como ficou evidente na tragédia do Museu Nacional por exemplo.

Em relação a reforma da previdência, mais aguardada pelos grandes empresários e seus especialistas, o compasso é de espera. Mas é certo que o programa vai defender o sistema de previdência privado, a ponto de que a ’’própria pessoa faz a sua própria poupança para bancar a aposentadoria no futuro’’. Os demais detalhes desta medida que transforma um direito em mercadoria estão em discussão.

Além destas medidas, Guedes, defendeu que é preciso entregar o patrimônio público para os grandes empresários e vender imóveis da União. Os imóveis da União estão avaliados em mais de R$ 1 trilhão, e o governo controla 149 estatais. Isto significa que o dinheiro que deveria ser usado para serviços elementares usados pela classe trabalhadora e demais setores populares da sociedade, vai ser dado de bandeja para os grandes empresários e banqueiros.

Em palestra a grandes empresários e banqueiros, Guedes se colocou contra uma suposta ’’rigidez’’ imposta ao Orçamento da União. Hoje, grande parte destes recursos tem destinos obrigatórios e vão para a Previdência, folha de pagamento, abono salarial, renda para deficientes e idosos. Também tem a verba que é investida para questões como a saúde e a educação.

Esta sinalização mostra que além da educação e a saúde pública utilizados por milhares de trabalhadores estarem sob a ameaça de um aprofundamento no sucateamento, os direitos elementares dos trabalhadores como a Previdência, salário de milhares de trabalhadores públicos e renda para deficientes e idosos vão para o mesmo caminho. Esses direitos que Guedes e Bolsonaro querem cortar, servem para que milhões de pessoas consigam manter viva a sua existência e não pereça na miséria.

É importante frisar com o teto de gasto, a União tem a obrigação de gastar nessas áreas no máximo o Orçamento do ano anterior, corrigido pela inflação. Com Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, eles conseguirão arrochar ainda mais o limite do Teto de gastos imposto pelo governo golpista de Michel Temer. Bolsonaro é a continuidade do avanço autoritário do golpe institucional, se valendo ainda mais da face violenta do regime para levar a cabo as reformas neoliberais que Temer deixou incompletas.

 
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