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EXTREMA-DIREITA
Witzel, racista, quer "salvo conduto para matar" e chama o morador de comunidade de bandido
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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Depois de debater com o seu adversário Eduardo Paes (DEM) na Casa Firjan, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, em debate promovido pela TV Bandeirante, Witzel foi entrevistado pelos jornalistas. De maneira extremamente reacionária, ele disse que vai dar um ’’salvo conduto’’ para a polícia matar e que ’’não precisa ir em comunidade para pedir voto de bandido’’.

Witzel mostra bastante o perfil da extrema direita que está em crescimento no Brasil e se materializa no candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro. Esta polícia que atira sem perguntar e que tem a prática de matar a população pobre e negra de maneira indiscriminada, vai ter o aval e legitimidade de um reacionário para isso, em um eventual governo Bolsonaro. Além disso, a fala do candidato a governador é extremamente racista, pois coloca a imensa população negra que mora nas favela e que está a submetido a miséria a ao trabalho precário como bandidos.

O racismo dos políticos do Rio de Janeiro não é de se surpreender, históricos defensores da guerra às drogas e do consequente extermínio da população negra e periférica, como o próprio Eduardo Paes que sempre reivindicou as UPPs, mas a fala de Witzel espanta por demonstrar o racismo explícito da extrema-direita que não se constrange em chamar os moradores de comunidade de bandidos.

Perguntando se a concessão do ’’salvo conduto’’ não iria aumentar o número de inocentes mortos, o candidato do PSC de maneira extremamente mentirosa afirmou que ’’quem mais morre são os policiais’’, e complementou ’’quem pratica violência não é o policial, é o bandido que está com o fuzil. A gente não pode inverter. Se tem bandido atirando na polícia, o agente pode atirar e neutralizar aquela ameaça. Com a polícia treinada não vai haver inocentes mortos’’.

Sabemos que está afirmação não é verdadeira, pois no Rio de Janeiro temos inúmeros casos clássicos como do pedreiro Amarildo e da aluna Maria Eduarda que mostra o caráter reacionário da declaração do candidato à governador do Rio de Janeiro. O que aconteceu com Amarildo e Maria Eduarda, não são um caso isolado, mas sim a regra de uma polícia que é assassina e anti-trabalhador e população pobre.

O candidato foi perguntando se iria acabar com a Secretária de Direitos Humanos, de maneira demagógica, ele disse que ’’a Secretária de Direitos Humanos vai continuar, pois faz um trabalho’’, a mesma que literalmente fecha os olhos para inúmeras atrocidades que a polícia comete. Além disso, Witzel afirma que o Rio de Janeiro precisa de políticas públicas de educação ’’contra a violência a quem quer que seja’’, esquecendo que violência policial e educação são duas propostas distintas.

Além disso, esta violência policial contra a população pobre que o candidato Witzel tanto deseja vai acabar se voltando contra os trabalhadores e as suas lutas. Para poder passar os ataques que os grandes empresários e o imperialismo está tanto almejando, vai precisar quebrar a resistência dos trabalhadores e demais setores populares e pra isso, vai ser a base da violência dos aparelhos repressivos do Estado.

 
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