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ELEIÇÕES 2018
Equipe de Temer, que atacou trabalhadores e previdenciários, está na equipe de Bolsonaro
Redação

Bolsonaro que já declarou várias vezes não entender nada de economia e que deixará todo o seu plano econômico nas mãos do ultraliberal Paulo Guedes. Também terá em sua equipe econômica, integrantes da atual equipe do presidente golpista Michel Temer, deixando claro que seu plano econômico vai dar continuidade as reformas anti-populares a aos ataques a classe trabalhadora.

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O resultado do primeiro turno das eleições presidenciáveis mostrou que uma grande parte dos trabalhadores depositaram seus votos na candidatura de Bolsonaro. Reforçada pelo antipetismo e a visão de que a corrupção é o principal problema do país, alimentada pela lava jato e mídias golpistas como a rede Globo, também conseguiu canalizar o sentimento de renovação. Entretanto, fica claro que estes trabalhadores não estão cientes do programa econômico que Bolsonaro pretende aplicar.

O “guru” ultraliberal de Bolsonaro, Paulo Guedes, declarou que pretende manter integrantes do governo golpista e anti-popular de Michel Temer em sua equipe no Ministério da Fazenda, caso Bolsonaro seja eleito, como já havíamos denunciado aqui. “Alguns são muito bons. Mas terão de manifestar clara intenção de continuar.” Afima Guedes, que também manteve conversa com o Banco Central durante a campanha, principalmente para discutir propostas como a reforma da previdência.

Ao defender a urgência da proposta, causou divergências entre aliados de Bolsonaro. Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que é contra a votação da reforma de Temer defende que, devido a polêmica da reforma, deve ser deixado de lado pelo menos até o desfecho das eleições. Trate-se de uma manobra eleitoral, alimentando a demagogia de Bolsonaro para com seus eleitores da classe trabalhadora, que ainda não percebem os reais objetivos de descarregar a crise em nossas costas, garantindo o pagamento em dia da fraudulenta divida publica e o lucro dos capitalistas.

Mas Guedes defende um esforço para pautar o tema, assim que as eleições terminarem. A mesma posição do atual ministro da fazenda de Temer, Eduardo Guardia, com quem Guedes mantém contato. Será inevitável o choque das ilusões que podem levar Bolsonaro a presidência, quando os trabalhadores perceberem que sua equipe seguira defendendo os interesses do capital financeiro, desferindo ataques mais duros contra nossos direitos.

Além da possível ascensão da extrema direita ao executivo, o legislativo também ganhou uma configuração muito mais á direita nestas eleições, como mostramos aqui. Sendo que, o escravismo do PSL - partido de Bolsonaro – tem agora, a 2ª maior bancada da câmara.

Apostando na boa interlocução de Rodrigo Maia (DEM) com partidos de ambos os campos da câmara para negociar pautas polemicas, e seu bom relacionamento com Guedes, parlamentares do “centrão” pretendem convencer o possível futuro ministro da fazenda a apoiar a reeleição de Maia à presidência da câmara. Argumentando ainda, que o deputado não precisaria “mudar sua ideologia” para defender a aprovação da reforma da previdência e outras demandas econômicas do capital financeiro. Ainda que este plano esbarre nos projetos de aliados, como Kim Kataguiri, que almejam a cadeira do atual presidente.

A demagogia continua. Ao mesmo tempo em que defende extinguir ministérios para diminuir gastos da maquina estatal, abre-se um ponto em discussão na campanha de Bolsonaro, que visa criar novos conselhos de assessoramento á presidência em áreas como defesa e energia. Paulo Guedes chegou a defender a criação de um núcleo de relações exteriores e defesa durante a campanha, que apesar de não ter avançado, deve ser retomado caso o candidato seja eleito.

Além de atacar os direitos dos trabalhadores, conquistados em anos de luta, Bolsonaro também é uma ameaça aos direitos democráticos das minorias. Após o desfecho do 1º turno, em que o candidato atingiu mais de 40% dos votos, dezenas de atos de violência física contra mulheres, negros, LGBTs e militantes de esquerda em geral foram registrados em todo o país por parte de seus apoiadores, inclusive o brutal assassinato, com 12 facadas nas costas, do capoeirista de 63 anos Mestre Moa do Katendê.

Frente a isso, é necessário exigir das centrais sindicais e estudantis que convoquem milhares de assembléias e comitês de base massivos em todo o país, com peso no movimento operário, coordenando um pano de luta concreto, com manifestações e ocupações que levem a uma paralisação nacional. Essa luta deve ir muito além das eleições, pois mesmo que Bolsonaro não ganhe nas urnas, não ira desaparecer após o sufrágio, assim como seus apoiadores no legislativo e nas ruas.

 
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