No último dia 28, o jornal O Globo fez uma denúncia sobre o patrimônio de Jair Bolsonaro: o candidato reacionário tido para muitos como paladino da ética, omitiu do público nessas eleições duas casas que teriam valor estimado de 2,6 milhões de reais.
O jornal conseguiu essas informações cruzando informações de cartório e checando outros bens. Em 2002, Bolsonaro comprou um imóvel com sua mulher na Barra da Tijuca: a casa custava em torno de 1,6 milhão. Quando se separou dela em 2008 foi realizada a separação de bens, entretanto, esse imóvel não aparece na declaração de bens do candidato de sua campanha em 2006, que declarou apenas 433 mil reais de patrimônio.
Após a separação virou o dono isolado do imóvel, vendendo em setembro de 2009. Após isso comprou uma outra casa declarando ter pago cerca de 400 mil em um imóvel avaliado em R$1,05 milhão. Este imóvel não foi declarado ao TSE na campanha de 2010 e só foi aparecer em 2014, somente após denúncia na mídia.
No processo de divisão de bens promovido pela ex-mulher, constam outros nove bens que não foram declarados para o TSE, como imóveis e uma caminhonete Land Rover. Além disso, uma série de bens declarados por Bolsonaro não estão de acordo com o que consta no processo da divisão, como um jet-ski Yamaha ano 2006, que só consta na declaração de 2014 como se fosse de 2010. Em 2006, a declaração de bens constavam só 433 mil reais de patrimônio. Porém o patrimônio do casal era de 4 milhões na época.
Jair Bolsonaro faz grande propaganda de uma suposta "moral" em sua campanha, tentando se afastar de supostos escândalos envolvendo corrupção e fraudes, porém, não é a primeira vez que Jair Bolsonaro e sua família é pega manipulando as declarações de bens: Eduardo Bolsonaro protagonizou um recente escândalo na internet ao vir à tona que o patrimônio do deputado cresceu 432% em seus 4 anos no cargo. Além disso, Bolsonaro também protagonizou nessas mesma eleições o caso da "Val": funcionária fantasma de Jair Bolsonaro, que vendia açaí em Angra dos Reis.
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