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Presidente multimilionário do Chile declara apoio ao programa de Bolsonaro de ataque aos trabalhadores
Redação

Na noite do dia seguinte ao primeiro turno das eleições brasileiras (8), no qual vimos o fortalecimento da extrema-direita na figura de Bolsonaro com 46% dos votos, o presidente chileno, Sebastián Piñera, declara apoio ao líder das pesquisas elogiando seu plano econômico ultraneoliberal.

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Em um evento na Espanha, o presidente direitista do Chile, que comanda um governo altamente criticado por movimentos sindicais e estudantis em seu país por ser mais um fantoche dos interesses imperialistas, disse que Jair Bolsonaro tem “um bom plano econômico” para a presidência do Brasil. Um governo que sabemos teria uma linha de repressão expressa contra trabalhadores e setores oprimidos, seria, para Sebastián Piñera, o que o Brasil necessita. Para ele “os sinais que [o plano para a economia de Bolsonaro] está dando no sentido de promover sua abertura, reduzir o déficit fiscal, o tamanho do setor público com privatizações são coisas que um país como o Brasil, que é um gigante, precisa”.

Como viemos evidenciando nos últimos meses, Bolsonaro vem para continuar com maior intensidade os cortes e reformas iniciados no governo Temer. E os acordos que continua fechando com empresários milionários são claros sinais de tudo que a classe trabalhadora NÃO precisa: garantia de privilégios para os grandes capitalistas através de uma profunda retirada dos direitos trabalhistas.

Piñera trata Bolsonaro meramente como um candidato com perfil polêmico que, apesar de fazer “comentários homofóbicos e de sua linguagem agressiva com relação às mulheres”, enfrenta “com energia a corrupção e o populismo, dois imensos problemas que causaram os problemas do país e provocam a crise que o arrasta”. Mas esconde que os unifica também é a linha do entreguismo e a reação em toda a linha contra os movimentos sociais.

Seria então a solução para a corrupção e para a crise descarregar cada vez mais em cima da classe trabalhadora? O projeto entreguista e privatizador de Bolsonaro visa apenas o enriquecimento de poucos à custa de nossos direitos. E a Lava-Jato faz parte disso. A seletividade e manipulação de tal operação não vieram para combater a corrupção inerente ao sistema capitalista e sim, escolher o candidato para aplicar os programas de ajustes que os grandes capitalistas e o capital financeiro estrangeiro desejam.

Além de acenar para o candidato reacionário, o presidente chileno ainda atacou Haddad: como “ninguém o conhece direito, nem como pensa”, o candidato petista seria motivo de “desconfiança”. Um sinal de que, para defender um governo de mais ajustes, os políticos de direita podem tratar candidatos menos conhecidos com dois pesos e duas medidas, pois afinal de contas Bolsonaro até pouco tempo era conhecido internacionalmente apenas pelos seus rompantes ultrarreacionários homofóbicos, machistas, racistas e contra todos os oprimidos pelo capitalismo.

O crescimento de Bolsonaro está apoiado nas ideias mais reacionárias e empresariais para explorar até a última gota de suor dos trabalhadores, impondo a reforma trabalhista e aprovando a da previdência, visando sempre aumentar o lucro dos capitalistas se baseando em maior repressão. É preciso de que os trabalhadores se organizem de maneira independente, fortalecendo-se junto aos estudantes, mulheres, negros, LGBTs e povos originários para enfrentar a extrema-direita.

 
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