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GUERRA AS DROGAS
Menino de 11 anos é baleado de raspão dentro da escola no Rio
Redação

Uma bala atingiu de raspão o pescoço de uma criança do 5º ano do Ensino Fundamental dentro da Escola municipal Ariosto Espinheira, na Penha, Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira pela manhã. As aulas não foram suspensas após o ocorrido.

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A administração da escola afirma que o menino de 11 anos foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, localizado no mesmo bairro que a escola. A criança foi atendida e medicada, e segue no hospital aguardando alta médica.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), o aluno sentou no chão dentro da sala de aula após ter ouvido tiros, e então foi atingido. Não há informações de onde teria partido a bala. A Secretaria afirmou que essa foi a primeira vez que houve registro de um caso de bala perdida em sala de aula.

Nas redes sociais, alguns moradores informaram que houve tiroteio no Complexo da Penha, na região da Vila Cruzeiro e Merendiba. Segundo alguns relatos de moradores, disparos começaram a ser ouvidos a partir das 5h da manhã de quinta-feira. "Não dá nem para sair para trabalhar", disse uma moradora. Outra comentou: "Por volta das 8h15, houve muitos tiros e bombas na Penha. Estou na Quito com Patagônia e parecia de muito perto".

Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 22ª DP (Penha), agentes estão em busca de testemunhas e imagens que possam apurar o ocorrido e a perícia está sendo realizada.

A Polícia Militar do 16ºBPM (Olaria) esteve na escola onde a criança foi atingida, para colher dados. A PM não informou as circunstâncias nas quais a criança foi baleada.

Em uma nota a corporação afirma que a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Vila Cruzeiro, foi atacada pela manhã e que houve confronto. Um homem ficou ferido durante a troca de tiros e foi levado ao Hospital Getúlio Vargas. O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios.

Segundo dado foi divulgado pelo aplicativo Fogo Cruzado, até maio de 2018, 15 crianças de até 11 anos, foram atingidas por balas perdidas na região metropolitana do Rio. Dessas 11, 4 morreram.

Isso é o que está reservado para as crianças negras e pobres no capitalismo. A face mais cruel de não ter direito ao mínimo que é a educação, e não só isso, ser baleado dentro da própria escola. Assim como Maria Eduarda, que foi baleada e morta pela polícia dentro de seu colégio, isso é mais um caso que dá repulsa e horror. A própria milicia e o tráfico tem mil relações com o próprio estado que diz combate-los. E a guerra às drogas não é mais que uma guerra aos pobres. As operações policiais que atormentam a vida da classe trabalhadora e do povo pobre nas favelas nunca resolverão o problema, pois os verdadeiros traficantes nem ali estão. Não se vê incursões policiais nos bairros de luxo para prender aqueles que são responsáveis por transportar as toneladas de drogas e armas para as favelas. Enquanto isso, as empresas do mercado de armas tem lucro recorde.

Nota na íntegra da Secretaria Municipal de Educação (SME):

A Secretaria Municipal de Educação (SME) prestou socorro imediato ao aluno, de 11 anos, ferido de raspão esta manhã dentro de sala de aula, na Escola Municipal Ariosto Espinheira, na Praça Caí, na Penha, antes mesmo da chegada da ambulância do Corpo de Bombeiros, que levou o menino para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na companhia de familiares e de representante da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) da Secretaria Municipal de Educação.

O aluno já foi medicado no hospital e aguarda alta médica. No momento em que foi atingido, o aluno - junto com os colegas de classe de uma turma do 5º ano - estava sentado no chão da sala, conforme o procedimento já previsto no Protocolo de Acesso Seguro da SME e seguido pela professora em classe, logo após ter ouvido o barulho de tiros. Essa foi a primeira vez que a escola, que não fica em área conflagrada, registrou caso de bala perdida em sala de aula. A SME acompanha o caso e dá apoio e atendimento à família e à escola.

A Escola Municipal Ariosto Espinheira oferece atendimento de Educação Infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental, e tem atualmente 367 alunos matriculados. O menino ferido é aluno da unidade desde a Educação Infantil.

 
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