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ELEIÇÕES 2018
"Avançam as manobras pra consolidar uma eleição manipulada", diz Diana Assunção
Redação

Conversamos com Diana Assunção, candidata a deputada federal pelo MRT em São Paulo, sobre as manobras de certos setores do regime e da classe dominante em benefício de Bolsonaro, às vésperas das eleições.

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Conversamos com Diana Assunção, candidata a deputada federal pelo MRT em São Paulo, sobre as manobras de certos setores do regime e da classe dominante em benefício de Bolsonaro, às vésperas das eleições.

Sobre isso, Diana falou que: "As manobras do poder Judiciário para controlar o resultado das urnas não pararam no veto à candidatura de Lula. Esse veto simbolizou a proibição do Judiciário sobre a população decidir em quem votar, destruindo os restos de soberania popular nessa democracia burguesa degradada. O Tribunal Superior Eleitoral literalmente roubou 1,5 milhão de votos no Nordeste (600.000 só na Bahia) através do cancelamento do registro biométrico (nacionalmente 3,3 milhões de votos foram surrupiados, a esmagadora maioria de população pobre). É notório como o Nordeste é um centro de votos do PT, o que torna esta manobra francamente favorável a Bolsonaro, que não prospera na região. Em seguida, o ministro do STF Luiz Fux vetou a autorização de Ricardo Lewandowski para que Lula pudesse dar entrevistas antes de terminadas as eleições, dizendo que ’A desinformação do eleitor compromete a capacidade de um sistema democrático para escolher mandatários políticos de qualidade’. Um escândalo. A qualidade dos mandatários precisa ser autenticada pela oligarquia judicial. Sérgio Moro, por sua vez, vazou a delação de Palocci, buscando interferir abertamente nas eleições. Obviamente que a mídia não ficou de fora: a Folha de S. Paulo estampou uma capa que mais parecia o site do PSL. As agências de pesquisa do Ibope e Datafolha atuam em comum para dar a maior margem possível a Bolsonaro no primeiro turno".

Sobre setores da burguesia, Diana disse que: "Nesse sentido, o golpismo do regime e também setores da patronal como o agronegócio, e dos chamados ’mercados’, começam a apostar que Bolsonaro, junto ao ultraneoliberal Paulo Guedes, são uma garantia melhor de que o próximo governo irá escravizar os trabalhadores, aprovando uma reforma da Previdência mais agressiva que a de Temer, com o poder do fuzil. O pacto que o PT ofereceu à direita golpista do PSDB, MDB e aos mercados, para atacar os trabalhadores com ajustes e reforma na previdência, ainda não convenceu. Mais que isso: está fortalecendo Bolsonaro. A burguesia quer ataques drásticos e imediatos. O Judiciário e as Forças Armadas, servos direitos dos interesses imperialistas, não querem menos que isso. Além de proporem cobrar impostos dos mais pobres, se depender das opiniões de Hamilton Mourão, os trabalhadores não terão direito sequer ao 13º. Junto aos ruralistas, querem armar jagunços para matar indígenas no campo e escravizar os trabalhadores rurais".

Sobre a estratégia do PT, Diana mencionou que: "Haddad segue ofertando um pacto, por um lado, aos golpistas do MDB, até mesmo ao PSDB, a essas forças golpistas do Judiciário, que hoje inclui a tutela das Forças Armadas sobre o regime. Gente tão escravista quanto Bolsonaro, que poderia estar tranquilamente em sua base de governo. Ciro Gomes, com um discurso cada vez mais direitista, já admitiu que ficará feliz com apoios de golpistas como Alckmin e Marina Silva. É impossível enfrentar a extrema direita odiosa com o voto, muito menos com o voto num suposto ’mal menor’ que apenas fortalece o que há de mais escravista e reacionário no país. Nenhum combate à extrema direita nefasta representada por Bolsonaro, ou o autoritarismo judiciário apoiado pelo Alto Comando das Forças Armadas, pode ser feito de mãos dadas com o capital financeiro e os golpistas. Não podemos derrotar a extrema direita pelo voto, como quer o PT, e sim pela luta de classes".

Para concluir, Diana disse que: "Por isso, nós do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, defendemos a necessidade de que a luta contra a extrema-direita e o golpismo passe por defender uma saída anticapitalista, independente do PT e sua conciliação com os golpistas e os patrões. Chamamos os trabalhadores, os negros, as mulheres e os LGBTs que querem seguir a batalha contra este golpe institucional a exigir dos sindicatos a luta por uma proposta de emergência: uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que comece debatendo o não pagamento da dívida pública; a igualdade salarial entre homens e mulheres, negros e brancos e a efetivação de todos os terceirizados sem concurso público; a revogação de todas as reformas do governo golpista de Temer e dos governos anteriores; o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, e todas as nossas demandas. Para impor a vontade da maioria explorada e oprimida do país contra a minoria de parasitas que usa as instituições existentes para pactuar contra os nossos interesses. No capitalismo não existe mal menor para as mulheres, por isso batalhamos por essas ideias na perspectiva de um governo de trabalhadores que exproprie os grandes capitalistas e socialize os meios de produção a serviço das grandes maiorias".

 
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