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JUDICIÁRIO AUTORITÁRIO
Moro quer favorecer Bolsonaro vazando a delação de Palocci na semana das eleições
Redação

A quebra do sigilo da delação de Palocci (delação que já havia sido descartada pelo próprio MPF por falta de provas) é a maneira mais grotesca de Sérgio Moro e da pró-imperialista Lava Jato interferirem nas eleições, a poucos dias do primeiro turno.

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Em 2014, a revista Veja usou recurso semelhante, ao soltar, na mesma semana do primeiro turno, uma revista cuja capa figurava Lula e Dilma com os dizeres "Eles sabiam de tudo", desvelando a delação de Alberto Yousseff. Trata-se de ferramenta usual que agora é distribuída aos cântaros pelo golpismo institucional.

Moro é símbolo desse rol de arbitrariedades reacionárias. Com a simples decisão de sua vontade, delações milionárias que enriquecem os procuradores de Curitiba são vazadas para beneficiar sua figura política predileta. O voto aberto da esposa do juiz de Curitiba em Bolsonaro já indica a quem Moro quer beneficiar.

O áudio é parte de uma delação premiada que o ex-ministro de Lula e Dilma, Antonio Palocci, deu à Polícia Federal em abril, mas que estava sob sigilo. Moro, às vésperas do primeiro turno, rompeu esse sigilo, relacionando Lula a um desvio bilionário na Petrobras.

Dentre as palavras de Palocci, foram afirmadas um conjunto de acusações contra o ex-presidente preso em Curitiba, seu partido, e a ex-presidente Dilma:
• O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Paulo Roberto Costa para a Petrobras com o objetivo de "garantir ilicitudes" na estatal.
• Lula usou o pré-sal para conseguir dinheiro para campanhas do PT.
• As duas campanhas de Dilma Rousseff para a Presidência custaram R$ 1,4 bilhão.
• O MDB "exigiu" de Lula a diretoria Internacional da Petrobras e chegou a travar votações no Congresso para fazer pressão.
• Pelo menos 900 das 1000 medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT envolveram propinas.

A Lava-Jato, que parecia ter adormecido, retorna com suas medidas arbitrárias de vazamentos seletivos. Não à toa as vésperas das eleições. Isso está ligado com o veto arbitrário a que Lula dê entrevistas, pela decisão do ministro do STF Luiz Fux e com acatamento do presidente da Corte, Dias Toffoli.

Essas movimentações de Moro retomam movimentações para regular o processo eleitoral, escolhendo o momento preciso para divulgar declarações polêmicas sobre um dos principais concorrentes na disputa. Não sem ter impedido Lula de se candidatar, como forma de regular em quem a população pode ou não votar no dia 7 desse mês.

Sabemos que o PT não é alternativa para enfrentar a extrema direita e o autoritarismo absurdo do Judiciário: Haddad e Lula querem um pacto com a direita golpista e os mercados, que se mostra difícil de alcançar (e extremamente instável, caso seja alcançado). Entretanto, isso não pode desconsiderar todas as manobras golpistas para determinar o rumo das eleições, por parte da oligarquia judicial, das Forças Armadas e dos agentes do impeachment.

 
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