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ALIANÇAS COM OS GOLPISTAS E A EXTREMA DIREITA
Em Santa Catarina, partidos de Ciro e Manuela D’Avila apoiam defensor de Bolsonaro
Bianca Coelho - Estudante de Letras USP
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Gerson Merisio, candidato do PSD ao governo de Santa Catarina, declarou voto em Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira. O candidato faz parte da coligação do PDT (de Ciro Gomes) e PC do B (de Manuela D’Avila, vice de Haddad), deixando claro que não há nada de combate a Bolsonaro na conciliação com os golpistas proposta por Ciro e Haddad-Manuela.

Merisio do PSD é dono da maior aliança em Santa Catarina, formada por 15 partidos, além do PDT e PC do B: PRB, PSB, Podemos, Solidariedade, Pros, PSC, PHS, PP, DEM, PRP, PPL e PV. Ou seja, um amálgama de partidos golpistas, pró-reformas, que buscam descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.

Esse tipo de aliança deixa claro que Bolsonaro não caiu do céu. É resultado da política de conciliação levada a cabo por anos pelo PDT, PC do B e pelo petismo, que abriram as portas para que o golpe ocorresse e seguisse seu curso tranquilamente (com direito a “perdão aos golpistas”) até as eleições manipuladas que vivemos hoje, em que meia dúzia de juízes que não foram votados por ninguém decidiram em quem a população poderia votar, direito que defendemos intransigentemente mesmo não apoiando o voto no PT.

A questão é que temos que ter clareza que a extrema-direita que defende a ditadura militar não se enfrenta no voto. E menos ainda com votos em um suposto "mal menor" de Ciro-Motosserra ou Haddad-Manuela que já estão dando todos os sinais de que querem governar com apoio dos golpistas e de aliados de Bolsonaro. E que, para além disso, traíram a luta dos trabalhadores, afinal PT e PC do B estão à frente da maioria dos sindicatos do Brasil, dirigindo a CUT e a CTB que somam uma base de 25 milhões de trabalhadores, que poderiam ter se organizado nos seus locais de trabalho contra o golpismo e suas reformas caso essas centrais sindicais não tivessem se colocado como entrave.

O ódio das mulheres contra Bolsonaro não pode ser cooptado por esses setores. Mais do que nunca as mulheres, que são maioria da classe trabalhadora, precisam se apoiar nas forças de nossa classe. Por isso é preciso impor aos sindicatos a luta por uma proposta de emergência: uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que comece debatendo o não pagamento da dívida pública contra todas as candidaturas que manterão o pagamento da dívida pra descarregar a crise contra nós, que debata a igualdade salarial entre homens e mulheres entre negros e brancos e a efetivação de todos os terceirizados sem concurso público, que debata a estatização de todas as empresas privatizadas sob controle operário e popular como a Petrobrás, que debata uma reforma agrária radical e a demarcação das terras indígenas, que debata a revogação de todas as reformas do governo golpista de Temer e dos governos anteriores, que debata o direito ao aborto legal seguro e gratuito em nosso país com um sistema de saúde único 100% estatal e sob controle dos trabalhadores. No capitalismo não existe mal menor para as mulheres, por isso batalhamos por essa Assembleia Constituinte para impor a vontade da maioria explorada e oprimida do país contra a minoria de parasitas que usa as instituições existentes para pactuar contra nossos interesses, na perspectiva de um governo de trabalhadores que exproprie os grandes capitalistas e socialize os meios de produção a serviço das grandes maiorias.

 
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