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EXTREMA-DIREITA
MBL sai em defesa de Carlos Bolsonaro e sua campanha pela tortura
Redação

MBL, saindo em apoio a Carlos Bolsonaro e sua defesa da tortura, busca justificar junto ao filho de Bolsonaro que a postagem na tarde de ontem (25) no seu Instagram era apenas republicação de uma arte de um artista que denunciava o apoio de Bolsonaro a tortura.

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Carlos Bolsonaro, que na tarde de ontem postou em seu stories do Instagram uma publicação de campanha de tortura contra participantes do movimento #Elenão, tenta justificar que a publicação era, na verdade, uma republicação de um artista na qual denuncia Bolsonaro por ser defensor da tortura. Nada mais real do que acusar a família Bolsonaro de defensora da tortura, afinal, foi o próprio pai quem dedicou seu voto, na tribuna da Câmara dos Deputados, favorável ao golpe, ao torturador da ditadura militar, coronel Brilhante Ustra.

Diga-se de passagem, o apoio da família Bolsonaro a ditadura e seus métodos de tortura não é nenhuma novidade. O capitão reacionário, candidato a presidência pelo PSL, já cansou de esbanjar seu reacionarismo em vídeos e entrevistas, nos quais sempre se diz “favorável a tortura” e que a ditadura devia ter “matado mais”. A cara da extrema direita brasileira, Jair e seus filhos descarregam cotidianamente todo seu ódio contra as mulheres, negros, homossexuais e trabalhadores.

Para não haver dúvidas sobre qual a posição de Bolsonaro sobre a tortura, assista a esse vídeo:

MBL, a “menina dos olhos” do golpismo, sai em defesa da extrema direita

MBL, saindo em apoio a Carlos Bolsonaro e sua defesa da tortura, busca justificar junto ao filho de Bolsonaro que a postagem na tarde de ontem (25) no seu Instagram era apenas republicação de uma arte de um artista que denunciava o apoio de Bolsonaro a tortura. Eles que já foram condenados pela difusão de inúmeras notícias falsas agora chamam essa denúncia de Fake News.

Agora, saindo em defesa dos saudosistas de Brilhante Ustra, conhecido torturador da ditadura militar, o MBL - isso mesmo - o mesmo movimento que impulsionou o golpe institucional em 2016 ao lado de Cunha, Temer, da família Bolsonaro e tudo que existe de mais nojento e reacionário nessa democracia degradada, aparece para defender a extrema direita com todo seu reacionarismo.

O apoio da família Bolsonaro a tortura é tão claro quanto o apoio do MBL, que na visita de Judith Butler ao Brasil protagonizou um ato nojento queimando uma boneca que representava Butler. Simbolismo tão real quanto a postagem de Carlos Bolsonaro e sua infinidade de fotos, vídeos e textos de apoio a tudo que existe de mais degradado nesse regime brasileiro.

Não seria a primeira vez que os garotos do golpe se deram a tarefa de entrar na frente dos ataques e defender Bolsonaro. Fizeram sua versão do #EleNão, fazendo referência não a Bolsonaro, mas a Lula, cuja prisão arbitrária sucedeu em um impedimento de participar das eleições pelo Judiciário golpista, sob tutela das Forças Armadas. O delírio maior do grupo proto-fascista é quando identifica do alto da conciliação petista com a direita (que se desenha nessas eleições diretamente com os golpistas) uma “transição ao socialismo”. Será que MBL, que já criticou Alckmin e Amoedo, se colocará a disposição de chamar voto em Bolsonaro?

É importante frisar, no entanto, que o ódio das mulheres a Bolsonaro e essa extrema-direita asquerosa, com toda a sua legitimidade de ser, pode estar sendo apropriado por aqueles que prometem que o voto das mulheres em uma proposta de pacto de conciliação com os golpistas, os patrões e com o mercado financeiro, como propõe o PT, seja uma solução a Bolsonaro e suas bandas saudosistas da ditadura. Nesse texto, nós do Esquerda Diário, que impulsiona o grupo de mulheres Pão e Rosas, desenvolvemos esse debate com o movimento #EleNão, que hoje mesmo adere a escravista Ana Amélia junto com Alckmin, ou a assassina de indígenas Kátia Abreu junto a Ciro Gomes, a marcha do dia 29. Se o ultraliberalismo do MBL combina com o da campanha escravista de Bolsonaro, esses setores da direita que o PT propõe uma aliança reacionária não são menos escravistas. Portanto, não será o voto, mas auto-organização das mulheres em cada local de estudo e trabalho, em cada bairro, junto a classe trabalhadora, batalhando nos sindicatos e nas entidades estudantis pela defesa de um programa que se choque com os limites da crise capitalista.

Veja também: A juventude precisa recuperar suas entidades para enfrentar a extrema direita e o golpismo

Não podemos permitir que nosso ódio aos golpistas e reacionários seja usado como massa de manobra para um suposto "mal menor" que nos desarma e que terminará se voltando contra nós, aprovando ataques que inclusive o MBL defende, como a Reforma da Previdência. Precisamos construir ato pelos nossos direitos, contra o machismo, a extrema-direita e para apostar na mobilização independente da classe trabalhadora, das mulheres, dos negros e da juventude, sem encobrir a conciliação do PT com golpistas.

 
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