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Pela readmissão imediata
Ministério público determina readmissão de demitidos da Abril; empresa deve recorrer
Movimento Nossa Classe

A decisão do juiz Eduardo José Matiota, da 61ª Vara do Trabalho de São Paulo foi tomada nesta terça (25) a partir de Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho. O motivo da ação foi demissão de centenas de trabalhadores que vem ocorrendo desde dezembro do ano passado. A Abril ainda deve recorrer.

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No mês passado, a empresa chegou ao absurdo de demitir mais de 800 funcionários e logo após entrou com um pedido de recuperação judicial para não pagar os direitos trabalhistas, alegando não ter dinheiro. Alegam isso mesmo com a família Civita, que dirigiu a editora por décadas, sendo a décima primeira mais rica do Brasil.
O juiz determina a imediata reintegração de todos os trabalhadores dispensados, com pagamento da remuneração devida desde a dispensa até a efetiva reintegração, sob pena de multa diária de R$ 100,00 por empregado dispensado. Além disso, determinou que a Abril não demita mais funcionários “sem prévia e efetiva negociação coletiva”, sob pena de multa de R$ 10 mil por trabalhador dispensado, e fixou indenização de R$ 500 mil a título de danos morais coletivos que serão revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A decisão serve não só para os funcionários demitidos em dezembro, mas também os 800 demitidos em agosto. Ao todo são cerca de 1500 trabalhadores demitidos. A Editora ainda pode recorrer e é por isso que, mais que nunca, os trabalhadores precisam acreditar em suas próprias forças e unificar suas fileiras.
A única saída possível para a crise é se apoiando na luta dos trabalhadores em defesa de seus empregos e direitos e contra a continuidade do golpismo, que vem descarregando nas costas dos trabalhadores todo o peso da crise, com reformas como a trabalhista. Tudo para que os empresários possam substituir os demitidos por contratados precários, em regime intermitente por exemplo, como já vem ocorre do na editora. Para que essa luta ganhe força e consiga ser vitoriosa, é preciso exigir dos sindicatos que unifiquem as categorias, unindo inclusive os demitidos aos ainda empregados, para que sejam uma só força para impor aos governos e aos patrões não só o pagamento da rescisão, mas também a reintegração imediata dos demitidos, como mostra o vitorioso exemplo da reintegração dos metroviários ocorrida neste ano, após muita luta e solidariedade entre os trabalhadores.
Além disso, para que não haja mais nenhuma demissão, é necessário buscar uma saída de fundo para a crise da empresa, que se dá não por culpa dos trabalhadores mas sim daqueles que a gerem. Essa saída só é possível se empresa for controlada pelos próprios trabalhadores, expropriada e estatizada, não para ficar nas mãos do governo corrupto, mas para ser controlada sob a gestão daqueles que nela trabalham, passando a disponibilizar toda sua estrutura não para lixos golpistas como a Veja, mas para benefício da população, como o exemplo da gráfica Madygrafna Argentina.
Confira aqui a campanha do Esquerda Diário em apoio aos demitidos da editora.

 
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