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TRIBUNA ABERTA
Empresa terceirizada de logística tenta enganar trabalhadores para não pagar adicional insalubridade
Redação ABC

Nesta semana o ED recebeu denúncia de um conjunto de trabalhadores terceirizados da “Log press“ que reivindicaram o pagamento do adicional de insalubridade.
Após discussão com o sindicato, acabaram recebendo aumento “inesperado”, porém era no vale alimentação. Alegaram aos trabalhadores que o valor acrescido no vale alimentação correspondia ao pagamento do adicional de insalubridade reivindicado, o que causou grande indignação nos trabalhadores.

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Nesta semana o ED recebeu denúncia de um conjunto de trabalhadores terceirizados da “Log press“ que reivindicaram o pagamento do adicional de insalubridade.
Após discussão com o sindicato, acabaram recebendo aumento “inesperado”, porém era no vale alimentação. Alegaram aos trabalhadores que o valor acrescido no vale alimentação correspondia ao pagamento do adicional de insalubridade reivindicado, o que causou grande indignação nos trabalhadores.

Sabemos que o adicional de insalubridade é o valor acrescido e pago ao trabalhador que atua em locais que ao decorrer do tempo vão causando males a sua saúde, ou seja, insalubres. Esse adicional pode ser dividido em três graus: 10% -Mínimo-, 20%-Médio- ou 40% -Máximo-, nesse sentido, os trabalhadores passam a ter o direito de receber o adicional de insalubridade no ato em que são contratados, dando seguimento ao que se é exigido por uma das normas regulamentadoras MTE –Ministério do Trabalho e Emprego- a Norma Regulamentadora de número 15, que trata exclusivamente da insalubridade, possuindo ao todo 14 anexos, onde determinam precisamente os limites de tolerância para cada risco ambiental existente em uma atividade sendo eles: “Químico, Físico e Biológico”

Assim sendo:
“Riscos Ambientais

1. Físico: Os que se referem às características físicas do ambiente, ligadas diretamente a fontes de energia, como por exemplo, vibrações, ruídos excessivos, temperatura extrema, pressão anormal, radiação –Ionizantes e Não-ionizantes- e alterações sonoras, como o ultra som e o infra som;

2. Químico: Produtos, substâncias ou ainda compostos químicos que estão sujeitos a absorção por parte do organismo, seja através do contato direto, pelas vias respiratórias ou em alguns casos, ingeridos, como gases ou vapores, névoas, fumaça ou poeira;

3. Biológicos: Diferentes formas de micro-organismos aos quais os trabalhadores possam estar cujo contato se dá através da pele, da ingestão ou ainda pelas vias respiratórias, como fungos, bactérias, protozoários, vírus ou parasitas.”

No entanto, nem tudo é como deveria ser, ao invés das patronais cumprirem o que é exigido pelas Normas Regulamentadoras, se negam a pagar o que é por direito dos trabalhadores, impondo a que vendam sua força de trabalho em locais insalubres, em condições de trabalho precárias. Exploram e oprimem a classe trabalhadora dia após dia, e para piorar a dura realidade que enfrentam, o Sindicato, que deveria ser uma ferramenta de organização de classe da categoria, no final acaba sendo uma correia de transmissão dos interesses patronais sedentos de sangue do trabalhador jogados às piores condições de trabalho dia após dia.

A “Log press“, onde trabalham o conjunto de trabalhadores que prestaram a denúncia, foi criada há 20 anos com o Grupo INTERPACK (ESP), através da subsidiária ESPACKDIS, com mais de 24 anos na Europa, trouxe para a nossa realidade sua forma de exploração capitalista se aproveitando das frageis leis trabalhaistas que temos. A logística que estes capitalistas vendem é de “planejamento, implantação e operações no setor de logística, prestando serviços em diversas empresas de médio a grande porte atuando também em Gestão de Transporte, Soluções sob medida, limpeza e conservação em geral“ – que hoje presta serviços na Firestone, fábrica onde os trabalhadores que denunciaram estão atualmente – na logística e Facilities.

Esses trabalhadores fazem parte de um grande número que estão submetidos a uma divisão cruel implantada pelo capitalismo, onde há de um lado, os efetivos e, de outro, os terceirizados, que sofrem todas as opressões, explorações e humilhações existentes no chão de fábrica.
Estão submetidos a condições de trabalho precárias, salários baixos e restrições dos seus direitos, como se já não fosse uma grande crueldade um pagamento irrisório pela vida que perdemos aos poucos dia após dia, ainda nos enfrentamos com alguns sindicatos traidores que se unificam com as patronais. Seguem ajustando os ataques na classe trabalhadora impondo cada vez mais a lógica que nós não passamos de mercadoria apara eles: os burgueses nos compram, e de nós, tentam fazer o que bem entendem.

Precisamos unificar nossas forças, nos conscientizando da classe à qual pertencemos e em uma só luta, tomarmos os sindicatos em nossas mãos, para que possamos utilizar essa ferramenta a nosso favor, acabando com a divisão de categorias, reivindicar condições de trabalhos melhores, salários e benefícios que nos tomam.

Não podemos deixar que os burgueses nos coloquem em locais insalubres, explorando nossa força de trabalho, e ainda nos manobrem e seque paguem o que deveria ser direito. Enquanto os patrões, sem sequer uma gota de suor, lucram com o nosso sofrimento.

Devemos nos organizar JÁ, nossa classe, consciente da sua força, pode impedir estes ataques.

 
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