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VIOLÊNCIA À MULHER
Militar é acusado de estupro com provas retiradas de bituca de cigarro
Redação

Um capitão da Marinha, André Charmarelli Teixeira, 36 anos, foi acusado de estupro. A identificação do suspeito ocorreu por uma bituca de cigarro deixada no canteiro da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

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FOTO: Globo

Ele era suspeito de praticar o crime de estupro contra sua vizinha ocorrido em abril e sempre negou em depoimentos à polícia. Só que no recolhimento de bitucas de cigarro deixadas por ele, foi atestada a compatibilidade do DNA em comparação com sua saliva e o sangue encontrado no apartamento.

Em abril deste ano, a vizinha disse que acordou com o estuprador tentando sufocá-la com um pano embebido em uma substância em sua cama, encapuzado, e com uma arma de fogo. Ela conseguiu morder sua mão e desvencilhar-se. Teixeira ameaçou-a com a arma, mas largou-a do lado da cama, e tentou investir nela de novo, no que ela conseguiu dar uma coronhada nele, ele pegou a pistola de volta e foi embora.

A mulher mandou mensagem no grupo de Whatsapp e ele foi o primeiro a oferecer ajuda e foi lá para recuperar o carregador da pistola que tinha caído no vaso sanitário. Em depoimento, ele nega ter recuperado o carregador, que foi encontrado depois molhado no cofre de Teixeira.

Com ingresso na Marinha em 1996, com 16 anos, André Charmarelli Teixeira escancara o quão asquerosa, repulsiva e repugnante é a violência à mulher.

Além disso, ele está no mesmo time do general Villas Boas, que também fez declaração de atentado à vida no início deste ano, dizendo que os policiais precisavam de “garantias” para que não houvesse uma “nova Comissão da Verdade” no futuro, em alusão aos crimes de tortura cometidos na ditadura militar, onde ainda hoje militares permanecem imunes.

Figuras como Bolsonaro e General Mourão têm ocupado a cena nas mídias e na TV nos últimos meses, e declarações de militares sobre a política e à situação no Brasil tem deixado setores militares mais à vontade para atuar politicamente no país e para destilar ódio e violência aos setores oprimidos por debaixo dos panos, com violências e ameaças.
Denunciaremos cada ataque e cada passo de violência propagado por estes reacionários setores conservadores, junto de impulsionar a necessidade dos trabalhadores se organizarem contra a extrema direita e contra cada ataque contra as mulheres e os setores oprimidos.

 
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