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ELEIÇÕES MANIPULADAS PELO JUDICIÁRIO
Garotinho condenado em 2ª instância: mais um capítulo da hipocrisia do judiciário
Luiz Henrique
Professor da rede estadual em Resende, RJ
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O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que atualmente disputa o pleito por um segundo mandato, foi condenado em segunda instância pela segunda turma do TRF-2 por formação de quadrilha, com a pena original de dois anos e seis meses aumentada para quatro anos e seis meses, caracterizando regime semiaberto. Com isso, através da corrente interpretação que o STF faz da ficha limpa, ele é considerado inelegível, e os desembargadores do caso já anunciaram que irão oficiar imediatamente o caso ao TRE, para que a candidatura seja cassada.

Garotinho foi condenado por lotear os cargos da polícia civil em conjunto com o então chefe de polícia Álvaro Lins e o bicheiro Rogério de Andrade. A justificativa para o aumento da pena foi o fato de Álvaro Lins, que era policial, andar armado. A defesa pediu diversos recursos, inclusive alegando interferência no processo eleitoral, ao TRF que negou todos.

O interessante neste caso é notar que a mesma justiça que em delitos mais graves já havia liberado Garotinho em mais de uma ocasião, agora age tentando marcar uma posição de intransigência no combate a corrupção, fortalecendo a jurisprudência aberta pelo caso Lula, ao mesmo tempo em que manipula as eleições no Rio de Janeiro, onde ele disputa a ponta com Romário e Eduardo Paes.

É importante lembrar que Garotinho é um dos governadores responsáveis pela decadência do Estado do Rio de Janeiro, tendo iniciado os processos de ataque ao serviço público estadual que tiveram ponto culminante nos governos Rosinha, sua esposa, Sérgio Cabral e Pezão, que inclusive substituiu o próprio Garotinho na secretaria de coordenação, durante a sua candidatura presidencial. Garotinho iniciou o processo de sucateamento da UERJ que perdura até hoje, e implementou a manobra conhecida como “vender o futuro”, junto com o então senador e atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, o bispo Marcelo Crivella. Para realmente se fazer justiça com acusados de corrupção como Garotinho, é preciso julgá-los através de júris populares, aonde a população investigue e decida expropriar todos os bens dos políticos e empresários que enriqueceram através da corrupção estatal, para que seja investido em saúde e educação.

No entanto, claramente o poder judiciário usa o caso de Garotinho, um notório corrupto e político impopular, para tentar legitimar aos olhos da opinião pública um processo de crescente autoritarismo, que culmina hoje na arbitrária prisão do ex-presidente Lula, impedindo um dos mais elementares direitos da democracia, que é o povo votar em quem quiser. Para acabar com os privilégios, todo juiz deve ser eleito pelo povo, revogação de seu mandato possa ocorrer a qualquer momento e que seu salário seja o mesmo salário de um operário básico. Além de uma Petrobrás 100% estatal, sob controle dos trabalhadores, como uma saída para a crise do Estado do Rio de Janeiro e também pelo não pagamento da vergonhosa dívida pública, para que todos os recursos possam ser destinados às necessidades do conjunto da população.

 
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