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ELEIÇÕES 2018: ALCKMIN
Alckmin se reúne com reis do agronegócio e promete reformas, privatização e repressão
Amanda Navarro

De frente pros reis do agronegócio, o candidato à presidência Geraldo Alckmin, aliado à latifundiária , parlamentar da Bancada Ruralista e vice de sua chapa, Ana Amélia, prometem um governo para agradar até o último fio de cabelo dos latifundiários do país, atacando os trabalhadores e reprimindo ainda mais a população pobre.

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Reunido ao mais alto escalão do agronegócio brasileiro, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a falar sobre zerar o déficit primário do País em até dois anos e aprovar reformas já no seu primeiro ano de governo, caso seja eleito. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ocorreu hoje (29), e Alckmin declarou: "Estou trabalhando com Ana Amélia (vice na sua chapa) para, em janeiro, apresentar e aprovar reformas". Ana Amélia é uma grande latifundiária, possuindo fazendas de gado no valor de R$ 4.738.538,78, além de 680 hectares com 600 cabeças de gado em Goiás. Também é uma representante da bancada ruralista, uma das mais poderosas e reacionárias do congresso.

As declarações de Alckmin para os latifundiários mostraram que está disposto a conceder muitas demandas, e para isso, atacará diretamente os trabalhadores e povo pobre. Sobre a política de preços do combustível e do tabelamento do frete rodoviário, Alckmin evidenciou que sua preocupação reside justamente nos lucros do agronegócio e dos diferente setores da patronal diretamente afetados pela política de preço instaurada por Pedro Parente, e não com o aumento do gás de cozinha que afeta diretamente as condições de vida da classe trabalhadora. Para isso, Alckmin deixou clara sua meta de avançar com a privatização da estatal petrolífera: "Petrobras não tem dinheiro para tudo; defendo trazer empresas privadas para o pré-sal e para o refino no Brasil." Sob o falido argumento de que a Petrobras encontra-se em condições financeiras precárias para que possa explorar e refinar o petróleo, Alckmin defende entrega do petróleo brasileiro e da estatal construída com dinheiro público nas mãos das petrolíferas estrangeiras.

Também retomou o episódio dos caminhoneiros, aproveitando para atacar seu concorrente Jair Bolsonaro, que declarou apoio ao setor na época: "Ainda teve candidato incentivando greve de caminhoneiro". Tentando se afastar de Bolsonaro no que tange o tema dos caminhoneiros, Alckmin cola em Bolsonaro em muitos outros: além da defesa da privatização da Petrobras, programa também levantado por Bolsonaro, ambos compartilham a liberação de armas para pessoas da zona rural e medidas de ataque aos movimentos de luta por terra e moradia. “Só quem morou na área rural sabe o que é; então defendo, sim, posse de porte de arma na área rural", declarou Alckmin.

Destaque na violenta reintegração de posse do Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, Alckmin e o prefeito da cidade na época, Eduardo Cury (PSDB), movimentaram uma verdadeira barbárie contra as famílias que habitavam a região da zona Sul joseense. Alckmin retomou o episódio para fortalecer sua aliança com os latifundiários e a repressão contra as ocupações: "Paguei caro no episódio. Se não cumprirmos decisão judicial, estamos abrindo mão da democracia. Invadiu, (tem de) ’desinvadir’ em 24 horas", afirmou.

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Além disso, afirmou que irá retomar uma medida provisória, do governo de Fernando Henrique Cardoso que proibia que terra invadida fosse desapropriada para efeito de reforma agrária.

Diante dos reis do agronegócio, Alckmin expôs mais facetas de seu programa de governo, que busca atacar o povo pobre, que luta por direitos básicos como terra e moradia, reforçando a utilização ainda mais brutal da polícia e dos aparatos repressivos para reprimir famílias pobres e no campo da política econômica, promoverá ainda mais reformas colocando cada vez mais o trabalhador brasileiro em condições precárias.

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Com informações da Agência Estado

 
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