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ELEIÇÕES 2018
Bolsonaro é a voz da ditadura e relembra que a TV Globo e Roberto Marinho também foram
Redação
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No dia de ontem (28) foi a vez do reacionário candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) passar pela sabatina do Jornal Nacional. O candidato que chegou a hesitar e declarar que não participaria mais de debates, mais uma vez demonstrou que cada vez que abre a boca perde um voto das mulheres, dos negros, e de todos aqueles que não suportam ouvir seu odioso discurso reacionário.

O fato que gerou mais repercussão da entrevista foi, mais uma vez, o embate entre Bolsonaro e uma mulher, como já havia acontecido com a candidata Marina Silva (Rede) no debate na Redetv. O deputado foi lembrado de uma de suas declarações em que afirmou que mulheres merecem ganhar menos que homens, Bolsonaro como é de seu praxe tentou desmentir suas próprias palavras, negando a afirmação, e procurou sustentar que não cabe ao Estado atuar para impedir essa diferença salarial, para isso tentou ilustrar com o exemplo dos âncoras do jornal.

Renata Vasconcellos respondeu Bolsonaro: "O meu salário não diz respeito a ninguém, e eu posso garantir ao senhor que, como mulher, jamais eu aceitaria um salário menor que o de um homem que exercesse as mesmas funções".

A resposta da apresentadora é expressão da indignação de todas as mulheres diante da tentativa de justificação de uma situação injustificável. Entretanto, é claramente contrastante o discurso da apresentadora com a prática da emissora, que como representante do patriarcado da indústria cultural sempre discriminou o salário de seus atores e atrizes.

Assim como o machismo, não fez falta a homofobia por parte do candidato, que mesmo tentando não consegue disfarça-la, como admitiu que para ele relações do tipo não são normais. O reacionarismo de Bolsonaro também se fez presente na sua costumeira defesa e reivindicação da ditadura militar, que como tentou esfregar na cara da Globo foi apoiada à época pela emissora, que se valeu da sua relação amistosa com os militares para desenvolver o império de hoje.

Nas questões propriamente economicamente, Bolsonaro apresenta como agenda as mesmas propostas de ataques sobre a classe trabalhadora que os demais candidatos. Tutelado pelo economista liberal Paulo Guedes, ele admite não entender de economia, e só sabe repetir as palavras chaves da cartilha neoliberal: "privatizações", "desregulamentação", "desburocratização", "isenções".

Em resumo, Bolsonaro conseguiu utilizar bem o palanque do JN para se apresentar ao eleitorado: mostrou aquilo que é, um reacionário que pregou contra as mulheres e a igualdade de salários, os LGBT’s, em defesa do legado da ditadura e por mais ataques a classe trabalhadora.

 
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