Mais uma fatalidade ocorreu nas mãos da Polícia Militar nesta manhã em Triagem, na zona norte do Rio de Janeiro, cidade que está sofrendo fortemente pela crise, onde o avanço dos setores reacionários se tornam extremamente perceptíveis, como, por exemplo, a intervenção federal, que ao contrário de diminuir a violência da região, motivo colocado por setores reacionários para a ação, provoca cada vez mais mortes de moradores de periferias e favelas, principalmente negros e negras.
Nelson de Farias Barros, de 62 anos de idade, estava voltando da padaria quando foi atingido por uma bala perdida. De acordo com a polícia militar, estava sendo feita uma operação para combater práticas criminosas na região, e segundo os PMs não teria ocorrido confronto, versão diferente da que é colocada pelos moradores do local que afirmam que houve uma troca de tiros entre policiais e criminosos por volta das 8hs da manhã, momento em que o morador foi atingido pela bala.O caso segue agora em investigação.
Este é mais um caso de assassinato de um morador das favelas do Rio de Janeiro, que segue sendo exterminada pela polícia racista, que segue matando todos os dias centenas de negro e negras periféricas. Essa polícia que só no ano de 2017 já matou mais de 1000 pessoas, como a jovem Maria Eduarda de 13 anos morreu dentro da sua escola com um tiro de fuzil durante uma das intervenções da polícia militar em Abril do ano passado. Ou o próprio caso de Marielle que foi assassinada por denunciar a Intervenção Federal, e sua morte continua sem resposta há mais de 160 dias.
Enquanto existir a polícia para proteger os interesses da burguesia e impedir que a classe trabalhadora se erga contra os ataques dos governos não haverá um basta no genocídio do povo negro, o problema da violência social só será resolvido quando esses explorados e oprimidos garantirem sua própria proteção organizados em seus locais de trabalho, elegendo destacamentos que defenderão seus interesses contra os desmandos e a violência policial.
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