Neste mês de julho foi averiguado que, apesar de serem abertas cerca de 40 mil novas vagas de trabalho, quem foi contratado percebeu uma diminuição de pelo menos 9,2% no valor de seu novo salário.
Em julho, o salário médio de admissão no país foi de R$ 1.536,12. O ganho médio dos demitidos era de R$ 1.692,42.
Os estudos em relação a essa baixa de salário, foram feitos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e divulgados aqui. Para economistas do Dieese, essa abertura de vagas não significa uma estabilidade no tema do desemprego, pelo contrário, segundo Clemente Ganz, “nesta velocidade de geração [de empregos] de 2018, seriam necessários quase dez anos para repor os postos de trabalho fechados em dois anos no Brasil", sem considerar as demissões que ocorreriam, dado que o país ainda não superou a crise.
O economista ainda afirma que existe atualmente uma maior rotatividade nos postos de trabalho, o que explica também a queda nos valores dos salários. Além disso, completa que “muitas vezes isso vem acompanhado de uma outra dinâmica, que é a oferta de postos de trabalho mais precários".
Além disso, economistas apontam como essa queda da média salarial tem relação direta com a Reforma Trabalhista aprovada pelo governo golpista de Temer no ano passado.
O trabalho intermitente e parcial empurram os salário para baixo, além da situação de crise que o país vive, que faz com que trabalhadores com salários mais altos sejam demitidos para serem contratados nas novas formas de contratação e receberem salários menores.
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