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CAMPINAS
O colapso da saúde em Campinas sustentado pela corrupção do PSB de Jonas e Márcio França
Redação Campinas e região

A saúde em Campinas vive um verdadeiro colapso, segundo as palavras do próprio secretário de saúde da cidade, que denuncia a falta de verbas, mas deixa de lado o escândalo de corrupção envolvendo a prefeitura de Jonas Donizette do PSB, mesmo partido de Márcio França, e a Organização Social Vitale no Hospital Ouro Verde. A população segue sofrendo com a precariedade do serviço de saúde, chegando a 15 horas de espera no hospital Mário Gatti e à suspensão dos atendimentos nas UTIs neonatal do CAISM e da maternidade da cidade.

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Na última quinta-feira, 16, uma audiência do Ministério Público ouviu testemunhas na segunda fase da operação que denunciou um grande esquema de corrupção entre a prefeitura de Campinas e a Organização Social Vitale no Hospital Ouro Verde. Iniciada há cerca de 9 meses, a operação investiga também o prefeito Jonas Donizette (PSB) e empresários da Rede Anhanguera de Comunicações, monopólio regional que é responsável pelo tradicional jornal “Correio Popular”.

A Operação teve seu início em novembro de 2017, quando aconteceu sua primeira fase, com uma série de buscas, apreensões e prisões. Entre os bens apreendidos, estavam carros de luxo que foram retirados de condomínios caros de Campinas, além de mais de 1 milhão de reais em espécie. O dinheiro foi encontrado na casa do então diretor do Departamento de Contas da prefeitura, Anésio Corat Jr., que foi preso juntamente à Aparecida de Fátima Bertoncello, então membra da direção da OS Vitale, a responsável pela administração do Hospital Ouro Verde. Foi denunciado um trabalho sistemático para o desvio de dinheiro da saúde, sendo estipulado que ao menos 4,5 milhões foram retirados dos cofres públicos, caso ao qual os réus respondem por organização criminosa, corrupção e peculato.

Jonas Donizette do PSB é investigado nesse escândalo de corrupção porque foi citado em conversas telefônicas feitas entre os empresários Sylvino de Godoy Neto, diretor presidente da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) e Ronaldo Foloni da OS Vitale. O áudio da escuta feita pelo MP foi publicizado após a quebra de sigilo das investigações, nos diálogos, o nome do prefeito aparece e fica indicada sua negociação com os empresários para a liberação de mais recursos financeiros que permitissem um “aditamento”, o que foi inferido pela denúncia como um favorecimento à empresa GK Godoy Radiologia, de Gustavo Khattar de Godoy, também citado no diálogo, que é médico e filho de Sylvino.

Os ataques do PSB à saúde envolvendo corrupção, privatização e precariedade dos atendimentos não são novos, basta vermos que Márcio França vetou um projeto que destinava 48 milhões ao hospital universitário da USP, promovendo assim mais desmontes no HU. Além disso esteve ao lado de Alckmin para aprovar o congelamento por dois anos de investimentos em saúde e educação, uma PEC do teto para o Estado de SP com o objetivo de seguir pagando a dívida pública que drena nossos recursos para os imperialistas. Na Unicamp, é também do lado de Alckmin que França é responsável, junto à burocracia universitária da reitoria de Marcelo Knobel, pela precarização do Hospital das Clínicas e do CAISM, chegando ao ponto de ter pessoas dormindo no chão e a suspensão de cirurgias e atendimento a recém-nascidos.

Todo esse caos na saúde da cidade e o processo de investigação de corrupção em que o PSB está na lama, se dão concomitantemente às eleições nacionais e estaduais que enfrentam um cenário de crescente autoritarismo do judiciário. Esse poder vem manipulando as eleições ao gosto do imperialismo. O ápice dessa arbitrariedade está na proibição da participação de Lula, candidato à presidência com maior intenção de votos da população, nas eleições. O fator eleições consiste no principal motivo pelo qual esteja sendo abafado esse escândalo de corrupção envolvendo um dos mais populosos hospitais da cidade, o prefeito e seus altos funcionários, além da principal empresa de comunicações de Campinas e região. Foi por isso que 29 dos 33 vereadores da Câmara Municipal votaram contra a abertura de uma CPI da saúde.

Não é por acaso que, além do PSB de Jonas e de Márcio França, candidato ao governo de São Paulo, as siglas contrárias a qualquer discussão pública sobre a corrupção no Hospital Ouro Verde e na prefeitura sejam em em sua maioria apoiadoras do candidato Geraldo Alckmin (PSDB, PSD, PTB, PP, PR, PRB, PPS), que foi preservado na seletiva operação Lava Jato, e tampouco respondeu pelo esquema de corrupção na merenda e no metrô de São Paulo. Também entre as siglas contrárias está o PSL, na pessoa de um apoiador do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL), do PV, que apoia Marina Silva, a defensora dos empresários, banqueiros e dos políticos corruptos e do Podemos/PSC de Álvaro Dias, um cacique da velha e podre ordem política disfarçada de nova. Candidato esse que tem defendido o juiz Sérgio Moro nos debates eleitorais.

Entre estas siglas, estão os maiores apoiadores do golpe institucional iniciado em 2016 e de seu motor consciente: o judiciário e a Lava Jato. Este vem deflagrando novos episódios de autoritarismo através de uma grande politização do Poder Judiciário, tão empenhado em fazer com que nestas eleições não seja a população que decida em quem votar, mas que seja cumprido seu plano de eleger o candidato que aplicará ajustes ainda mais duros que os que o governo de Dilma já tinha iniciado. São ataques contra os trabalhadores, a juventude e o povo pobre, como é a PEC 55 que congela investimentos em saúde e educação por 20 anos, além de efetivar uma política ainda mais entreguista de todos os recursos naturais e das grandes empresas estatais, como a Petrobras, para a sede de lucro imperialista.

Longe de trazer qualquer confiança no curso das investigações do MP que buscam fugir aos holofotes, se torna evidente para os trabalhadores e a população de Campinas, usuária da saúde pública, o verdadeiro descaso das ditas autoridades e seus porta-vozes com as vidas que são ameaçadas ou inclusive perdidas pela precariedade dos hospitais, UPAS, postos de saúde etc. O próprio Hospital Ouro Verde é a principal vitrine dessa enorme desassistência. Hipocritamente, a RAC lucra com suas denúncias sobre o Hospital, enquanto o mesmo áudio usado na investigação contra Jonas mostra que essas notícias do Correio Popular nunca passaram de jogo político sujo e de chantagem com a prefeitura para manter ou não a “boa imagem do prefeito”. Enquanto isso, o objetivo desses políticos e grandes empresários é ampliar ainda mais a privatização e a entrega da saúde aos lucros, como feito com a Vitale e outras Organizações Sociais que estão a frente de diversos serviços que deveriam ser totalmente públicos e de qualidade.

Para a candidata a deputada estadual Professora Maíra Machado, “isso reforça a necessidade de que diante dessa enorme crise política, econômica e social, os trabalhadores e a população pobre que sofre com esse caos da saúde, se organizem para combater esses projetos capitalistas entreguistas que os golpistas do PSB de Jonas e França querem aprofundar, inclusive àqueles conciliadores como o PT, que são parte dos planos de privatização da saúde. Por isso, minha candidatura, junto com a da Diana Assunção, se coloca a serviço de lutar contra toda arbitrariedade do judiciário nessas eleições que prende Lula, o candidato com mais intenções de voto, para escolher a dedo quem vai ser o presidente capaz de atacar mais a saúde e todos os direitos dos trabalhadores. Defendemos uma saúde realmente pública, em que os hospitais sejam estatizados, com gestão dos trabalhadores da saúde e dos usuários com licitações abertas e que os casos de corrupção, como é esse do hospital Ouro Verde, sejam julgados por júri popular, em que a população tenha acesso a todos os inquéritos, já que não podemos depositar nenhuma confiança na Lava Jato e nesse judiciário eleito por ninguém e regado a privilégios.”

Para também ser parte dessas ideias contra a manipulação das eleições pelo judiciário, os corruptos que atacam a saúde em Campinas precarizando ainda mais a vida da população pobre e para defender uma saúde pública, estatal e gerida pelos trabalhadores e população, convidamos todos a ser parte da campanha das candidatas a deputada estadual Maíra Machado 50222 e a deputada federal Diana Assunção 5052 e ao lançamento que será realizado em Campinas no dia 1º, às 15h.

 
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