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INTERVENÇÃO FEDERAL
Dia de terror da intervenção federal deixa mais de uma dezena de mortos no Rio
Gabriel Girão

Operação durou mais de 12 horas

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Ontem (20/8) a cidade do Rio de Janeiro, que se encontra sob intervenção federal, foi palco de mais uma ação das forças repressivas do Estado. As favelas da Maré, complexo da Penha e do Alemão sofreram uma operação que contou com mais de 4200 militares das forças armadas, 70 policias civis e policias militares. A região atualmente engloba 26 comunidades com 550 mil moradores. Durante a manhã de hoje, ainda tinham militares nas comunidades.

A operação acontece, não por acaso, após o debate para governadores do Estado, em que todos os candidatos, inclusive de partidos golpistas, criticaram a Intervenção Federal. Isso reflete a rejeição popular à intervenção que aumentou o número de tiroteios e homicídios. Portanto se tratou de mais um ataque do governo golpista Temer para mostrar a "legitimidade" de sua intervenção, as custas do sangue e da vida da classe trabalhadora e do povo negro morador de favela.

O Jornal Extra disse que foram 11 mortos na operação, sendo 2 militares. Relatos de moradores, entretanto, falam em mais de 14. Segundo o Coletivo Papo reto, haveriam ainda no Alemão, corpos na Mata que fica ao lado da comunidade. Durante a operação, ainda teriam havido uma tentativa de fuga que terminou com a perseguição pelo exército, matando 6 integrantes que estavam no caro, disparando mais de 100 tiros, sendo que 14 atingiram um ônibus que estava perto do ocorrido.

Também houve diversos relatos de abusos dos agentes do Estado, que teriam invadidos e destruído casas, revistados moradores inclsuive homens revistando mulheres e olhando celulares das pessoas sem autorização judicial, usando isso para incriminar as pessoas.

A pagina Maré Vive postou um vídeo de denúncia de um ocorrido que teria acontecido as 18h18, mais de 12 horas após o início das operações:

Também houve relatos de que os militares estariam montando blitz e revistando inúmeras pessoas, o que causou um enorme trânsito.

Tudo isso mostra a barbárie cotidiana que milhões de moradores de favela estão submetidos praticamente todos os dias, tanto pela mão desse Estado assassino, como pela mão do narcotráfico. Isso tudo se agrava com a Intervenção Federal vigente no estado do Rio, que desde que entrou aumentou o número de tiroteios e homicídios. Não será pelas mão das forças repressivas desse Estado criminoso, nem com mais "inteligência" (inteligência essa que revista e ficha moradores), como defendem inclusive candidatos do PSOL como Tarcísio Motta, que a violência diminuirá. É necessária uma luta pelo fim dessa Intervenção Federal que só veio para assassinar e aterrorizar a população carioca, principalmente os moradores de favelas e periferias, e pelo legalização das drogas, dando um fim à genocida guerra as drogas, que é usada como desculpa para reprimir a população que mora nessas regiões.

Para resolver o problema é necessário levantar um programa anticapitalista, que suspenda o pagamento da fraudulenta dívida pública e invista em serviços públicos e na criação de emprego. Também é necessário lutar por uma Petrobrás 100% estatal sob controle dos trabalhadores e controle da população, para que seus recursos sejam investidos para a classe trabalhadora e a população pobre, não para um punhado de acionistas.

 
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