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ELEIÇÕES 2018
Meirelles, o terreno e os professores
Luiz Henrique
Professor da rede estadual em Resende, RJ

Segundo mais rico entre candidatos, Meirelles declarou misterioso terreno que vale R$ 1 real. Enquanto isso, professores da rede pública fluminense tem de declarar todos os seus bens rigorosamente para a Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC), sob o risco de perderem o emprego.

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Imagem: Reprodução

Henrique Meirelles, candidato a presidência pelo MDB, e fiador político do governo Temer para as elites financeira internacionais declarou a segunda maior renda entre todos os candidatos dessa eleição. O valor total é de R$ 377,4 milhões de reais, sendo que destes, R$283 milhões (aproximadamente 75%) consta em ações. Nesta declaração, que inclui um apartamento de R$ 22 milhões, participação em empresas e títulos de clube, consta um detalhe insólito: um terreno sem metragem e localização declaradas, no valor de R$ 1 (um) real. O candidato e sua assessoria afirmaram que o terreno foi adquirido nos anos 80 e que devido a mudança dos diversos planos econômicos, o valor foi registrado dessa forma pelo tabelião, que o considerou "inexequível".

É interessante notar que para um milionário do ramo financeiro, que foi presidente do Bank Boston, que é famoso por ter sido próximo do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, e que seguramente é quem dá lastro para o governo MDB diante do imperialismo, um terreno misterioso, em local ignorado, que nunca valorizou desde a criação do plano real, é tratado apenas como um detalhe pela grande mídia, que não abala a imagem do candidato. Mas fica a indagação: e se esse terreno fosse de Lula?

Enquanto isso, a Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC), em um rompante de eficiência, resolveu aplicar uma lei estadual quase esquecida, cuja validade já havia sido questionada pelo STF, e exigiu a declaração de bens de todos os professores e funcionários das escolas públicas, sob a pena de processo e eventual exoneração.

Ou seja, enquanto banqueiros milionários com fortes laços com o imperialismo norte-americano podem declarar terrenos misteriosos em locações ignoradas, a grande preocupação realmente é com os bens de trabalhadores que estão há quatro anos sem reajuste, com o plano de carreira congelado, ameaçados pela lei da mordaça (escola sem partido) e que diariamente sofrem ataques constantes por parte da burocracia estatal além de lidar com problemas estruturais das escolas públicas e com a violência nas grandes cidades.

 
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