Foto: O dia

Uma explosão na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deixou um trabalhador dessa indústria ferido em estado gravíssimo. A explosão aconteceu na tarde de terça-feira (14/8). Segundo a empresa, teria ocorrido um curto circuito no transformador. O trabalhador teve 85% do corpo queimado e está esperando para ser levado prumNão é a primeira vez esse ano que ocorrem acidentes nesta indústria. Em março e abril deste ano, houveram outras duas explosões na empresa, sendo que a primeira dela deixou 3 operários feridos.

Recentemente, acidentes envolvendo trabalhadores da indústria tem sido alvo de reclamações. Com a privatização da empresa, em 1993, o Programa Acidente Zero foi extinto, o que fez aumentar o número de episódios como esse, mostrando como a privatização das empresas só serve para encher o bolso de um punhado de capitalistas, a custa do sangue dos trabalhadores.

Esses casos tem sido cada vez mais comuns em empresas privatizadas. Em 2015, a Vale, privatizada em 1997, foi protagonista do maior acidente ambiental da história do Brasil, com o rompimento de uma barreira que jogou um mar de lama tóxica no Rio Doce e que as consequências são sentidas até hoje. As privatizações de empresas públicas, que foram intensas na década de 90, não sendo revertidas no governo do PT e voltando com força após o golpe, não apenas demitem e precarizam inúmeros trabalhadores e entregam nossas riquezas ao capital imperialista a preço de banana, como também são responsáveis por acidentes como este que vimos. E isso se aprofunda com a reforma trabalhista aprovada pelo governo de Temer, que expande a terceirização e piora ainda mais as condições de trabalho.

Para reverter essa situação é preciso levar a frente um programa anticapitalista e anti-imperialista, que reverta as privatizações sem indenizações, coloque as empresas de ramos estratégicos sob controle dos trabalhadores e garanta que nossas riquezas sejam usadas em prol dos trabalhadores da população!