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FEMINICÍDIO
Mais de 740 casos de feminicídios em 2018 já foram registrados no telefone de emergência à mulher
Redação
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A Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180 registrou nos primeiros 7 meses desse ano mais de 740 denúncias de feminicídios e tentativas de homicídio contra mulheres e quase 80 mil relatos de violência de gênero.

O Ministério dos Direitos Humanos (MDH) divulgou, nesta segunda-feira (13), um levantamento de janeiro a julho de 2018 que continha 78 casos de feminicídios e 665 tentativas de assassinatos de mulheres. Desses, aproximadamente, dos 80 mil relatos de violência de gênero registrados em torno de 80% são cometidos por companheiros e familiares das mulheres sendo 46,94% correspondente ás agressões físicas chegando a quase metade das denúncias. E de cada dez relatos três apresentam violência psicológica.

Os crimes de feminicídio foram reconhecidos legalmente em 2015 e são identificados como “assassinato de mulheres por motivos de desigualdade de gênero” e caracterizados como crime hediondo. Esse reconhecimento é fruto de uma importante luta que deu origem a Lei Maria da Penha que completou 12 anos de existência no dia 7 de agosto desse ano. Mas que vem demonstrando seus limites para responder a violência de gênero no país, que tem números alarmantes.

O Brasil é o 5º país no mundo com maior número de mortes de mulheres vítimas de feminicídio. Dentre três mulheres assassinadas, duas foram mortas dentro de casa. De acordo com o Mapa da Violência, em 2016 , quase 5 mil mulheres foram assassinadas no Brasil. Isso representa uma média de 4,5 homicídios a cada 100 mil brasileiras. Ou seja, em dez anos, período este que a Lei Maria da Penha já estava em vigor, houve um crescimento de 6,4% de assassinatos de mulheres.

Isso comprova que as políticas públicas existentes hoje são insuficientes para proteger a vida das mulheres. E o responsável por cada morte e violência sofrida é o Estado que corta de políticas de defesa da mulher para continuar pagando a dívida pública garantido assim o lucro dos banqueiros.

A luta contra a violência a mulher é urgente. É necessário cobrar do Estado políticas que de fato possam responder proteger as mulheres, por isso um plano de emergência para combate a violência de gênero onde o Estado e suas instituições garantam indenizações e licenças remuneradas do trabalho, Casas abrigos, suporte de equipe multiprofissional como algumas das medidas concretas para defesa da vida das mulheres.

Mas também é preciso lutar por uma sociedade livre de opressão e exploração, onde o trabalho da mulher tenha o mesmo valor de um homem, onde o trabalho doméstico seja responsabilidade do estado, onde as mulheres possam decidir sobre seu corpo e sua sexualidade.

BASTA DE MULHERES MORTAS!

 
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